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Testes da F1 têm bueiro solto, Red Bull com problemas e Ferrari na frente

Depois de um primeiro dia de testes de pré-temporada muito impressionante, com Max Verstappen sendo mais de 1s mais rápido que o rival mais próximo, a Red Bull colecionou problemas com Sergio Perez nesta quinta-feira no circuito do Bahrein. E Carlos Sainz, da Ferrari, fez o melhor tempo.

O espanhol foi bem mais veloz do que a volta de Verstappen do primeiro dia, mas usou pneus mais aderentes (C4 ao invés do C3). De qualquer maneira, é natural que os tempos caiam à medida que as equipes vão seguindo seu programa de testes e passam a focar mais em performance.

Não que o dia tenha sido perfeito para o time italiano. Charles Leclerc foi um dos dois carros, juntamente com Lewis Hamilton, atingidos por um bueiro posicionado ao lado da zebra, que se soltou. O carro da Ferrari, com danos no assoalho, levou a pior.

A peça terá de ser enviada para a fábrica em Maranello para análise. O assoalho é a peça aerodinâmica mais importante de um carro de F1 e pode ser consertada, mas sempre existe o risco de perda de eficiência quando isso acontece. Nessa época do ano, as equipes não têm muitas peças de reposição, e eles sempre têm de ficar de olho nos gastos, já que existe um teto orçamentário em vigor.

O bueiro fez com que a sessão da manhã fosse encerrada prematuramente e a da tarde fosse antecipada, para que os pilotos perdessem o mínimo de tempo possível, uma vez que a pré-temporada tem apenas três dias.

Problemas mudam a programação da Red Bull

É tão pouco tempo que a Red Bull até teve que mudar a programação depois de uma manhã cheia de problemas para Sergio Perez. Ele deveria fazer só a primeira sessão e teria a sexta-feira inteira no carro, mas os problemas fizeram a equipe cancelar a troca de pilotos, que será feita amanhã, com Verstappen voltando ao RB20 por um período

Perez nem precisou apertar o ritmo para voltar para o box com o freio pegando fogo. O mexicano perdeu tempo com os reparos e, mesmo depois de voltar à pista, não fez tempos representativos por horas, retornando algumas vezes aos boxes para ajustes na suspensão dianteira.

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Na sessão da tarde, Perez conseguiu inclusive fazer simulações mais longas, e fechou o dia com bem mais de 100 voltas. Como Verstappen no dia anterior, ele não usou os pneus C4 e ficou com o segundo melhor tempo.

Falando em Red Bull, o chefe Christian Horner, que é alvo de uma investigação interna por conta do comportamento com uma funcionária, foi escalado para a coletiva de imprensa desta quinta-feira, mas evitou as todas perguntas sobre o assunto dizendo que não poderia comentar a situação.

Vários pilotos fizeram sequências mais longas de voltas nesta quinta-feira, indicando um trabalho de compreensão do melhor acerto para a corrida. As equipes têm muito mais dados sendo coletados dos dados nos testes, sem se importar tanto com o peso extra dos sensores, então a evolução é bem mais acentuada. E a simulação de corrida de Sainz foi bastante consistente, lembrando que esse foi o calcanhar-de-Aquiles da Ferrari ano passado.

No entanto, Charles Leclerc disse que a base do carro é melhor que a do ano passado, quando "chegávamos na curva e não sabíamos o que o carro ia fazer. Esse carro é uma boa base e sabemos onde melhorar".

Depois de George Russell pilotar por toda a quarta-feira e sair dizendo que o novo carro da Mercedes é mais bem equilibrado que o anterior, foi a vez de Lewis Hamilton pilotar o W15.

Ele protagonizou um momento inusitado, tirando fotos do próprio carro enquanto os mecânicos faziam alterações.

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Ele não parecia estar totalmente confortável, com um carro que aparentava sair de dianteira no começo das curvas e de traseira no final. A Mercedes testou configurações de asa traseira diferentes e segue na busca de compreender um carro que mudou bastante em relação ao ano passado.

Ainda é muito difícil tentar avaliar quem está na frente de quem. A sensação geral entre as equipes é de que a Red Bull segue como o carro a ser batido, e há um grupo de três ou quatro equipes na perseguição, formado por Ferrari, Mercedes, McLaren e Aston Martin.

A Alpine dá sinais de ser um carro difícil de pilotar, a CARB (ex-AlphaTauri) está muito bem equilibrada, com ambos pilotos bastante satisfeitos até aqui, e a Sauber vem crescendo. A Williams teve um dia mais positivo que a quarta-feira cheia de problemas, mas não parece ter tanto ritmo, e o ponto positivo da Haas nesta quinta-feira foi a simulação de corrida, sem o alto desgaste de pneus que atormentou o time em 2023.

Confira os tempos do segundo dia de testes da pré-temporada da F1

1 Carlos Sainz (Ferrari) 1m29.921s, C4, 84 voltas
2 Sergio Perez (Red Bull) +0.758s, C3, 128 voltas
3 Lewis Hamilton (Mercedes) +1.145s, C3, 123 voltas
4 Lando Norris (McLaren) +1.335s, C3, 52 voltas
5 Daniel Ricciardo (RB) +1.490s, C4, 88 voltas
6 Charles Leclerc (Ferrari) +1.829s, C3, 54 voltas
7 Lance Stroll (Aston Martin) +2.108s, C3, 96 voltas
8 Esteban Ocon (Alpine) +2.140s, C3, 77 voltas
9 Valtteri Bottas (Sauber) +2.306s, C3, 97 voltas
10 Oscar Piastri (McLaren) +2.407s, C3, 35 voltas
11 Logan Sargeant (Williams) +2.657s, C4, 117 voltas
12 Fernando Alonso (Aston Martin) +3.132s, C3, 31 voltas
13 Zhou Guanyu (Sauber) +3.794s, C3, 38 voltas
14 Pierre Gasly (Alpine) +3.883s, C3, 33 voltas
15 Kevin Magnussen (Haas) +6.690s, C3, 93 voltas
16 Nico Hulkenberg (Haas) +7.588s, C3, 31 voltas
17 Yuki Tsunoda (RB) +8.153s, C2, 40 voltas

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