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Supostas evidências contra Horner vazam, mas chefe nega conduta imprópria

Uma bomba caiu na sala de imprensa no Bahrein enquanto os carros estavam na pista para a segunda sessão de treinos livres para o GP de abertura da temporada da Fórmula 1. Um email com as supostas evidências da investigação interna da empresa da qual o chefe da Red Bull, Christian Horner, foi liberado na quarta-feira (28), foi enviado para dezenas de destinatários. Dentre eles, estão figuras da chefia do esporte e de equipes e jornalistas, incluindo esta coluna.

As supostas evidências seriam as trocas de mensagem de Horner com a funcionária que o denunciou por comportamento inadequado.

Por meio de um comunicado lido à imprensa pelo assessor de comunicação da Red Bull, Christian Horner seguiu a mesma linha das declarações das últimas semanas.

"Não vou comentar sobre as especulações anônimas, mas reitero que sempre neguei as alegações. Eu respeito a integridade da investigação independente e eu cooperei totalmente com a investigação em todos os momentos. Foi uma investigação completa e justa, feita por profissionais especializados e independentes que negaram a reclamação feita. Eu continuo totalmente focado no começo da temporada."

O assessor fez questão de salientar que o comunicado era de Horner, e não da Red Bull, que não se pronunciou.

Neste primeiro dia de treinos livres, Horner esteve à frente da equipe normalmente, assim como já havia feito nos testes e no lançamento do carro. Ele chegou ao paddock para o primeiro GP do ano nesta quinta-feira, depois do anúncio, na noite da quarta, de que a investigação tinha sido encerrada.

Também procuradas pela coluna, a Federação Internacional de Automobilismo e a administração comercial da F1, disseram que não vão comentar o assunto no momento. Seja quem for que tenha enviado o email, cujo endereço é aleatório, houve a intenção de expor todos os destinatários.

Depois, várias publicações receberam uma mensagem preventiva de um escritório de advocacia da Inglaterra alertando para que não divulgassem o teor do email sob pena de serem processadas.

Todo o cuidado é porque ninguém sabe de onde veio essa mensagem e nem se o conteúdo é verídico. Desde o início dessa história que envolve Horner houve vazamentos para a imprensa, e chamou a atenção o fato de serem veículos alinhados a parte da equipe Red Bull que estaria em pé de guerra interno com o chefe da equipe.

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O jornal holandês De Telegraaf chegou a publicar há pouco mais de uma semana sobre o teor da investigação, dando detalhes sobre a motivação e como a história tinha sido conduzida internamente a fim, segundo a publicação, de que o caso fosse abafado.

Há meses, há sinais de desgaste entre Horner e o consultor Helmut Marko, que por sua vez tem o apoio do tricampeão Max Verstappen.

O que está claro é que, embora a investigação da empresa Red Bull tenha chegado ao fim, o caso está mais vivo do que nunca. É possível, inclusive, que a situação chegue até a justiça comum.

Mesmo com toda a polêmica em torno da equipe, a Red Bull começa a temporada 2024 como a favorita pela facilidade com que especialmente Max Verstappen pilotou até aqui na pré-temporada e nos treinos livres. Os resultados, contudo, não apareceram até aqui no Bahrein: o holandês foi o sexto colocado na primeira sessão e foi o quinto na segunda.

O melhor tempo do dia foi feito por Lewis Hamilton, que liderou a dobradinha da Mercedes. Os carros voltam à pista para a última sessão de treinos livres a partir das 9h30 da manhã da sexta-feira, pelo horário de Brasília. E a classificação será às 13h de sexta. O GP do Bahrein será excepcionalmente realizado no sábado, a partir do meio-dia.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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