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Red Bull suspende mulher que acusa Horner, e caso pode parar na Justiça

Em mais um capítulo do caso da denúncia de conduta inapropriada do chefe da Red Bull, Christian Horner, feita por uma funcionária da equipe, a profissional agora foi suspensa do time. E isso pode abrir um precedente para que a questão entre nos tribunais.

A questão até aqui ficou dentro da empresa Red Bull, já que seria um caso de uso indevido da posição como chefe e não algo que entraria na esfera criminal. Porém, um afastamento, dependendo da maneira como isso aconteceu, poderia gerar problemas legais para a Red Bull.

Horner está na Arábia Saudita, onde a F1 faz sua segunda etapa no ano. Depois de Max Verstappen fazer o melhor tempo no primeiro treino livre, demonstrando mais uma vez o grande momento da Red Bull dentro das pistas, o chefe deu uma entrevista em que pediu para que a F1 siga em frente, uma vez que a investigação chegou à conclusão de que ele não fez nada de errado.

"Obviamente houve muita atenção a esse assunto, mas a denúncia foi levantada, foi investigada e descartada, e seguimos em frente", disse Horner, que não quis dar mais detalhes sobre o caso.

"Acho que é uma questão complicada porque em qualquer empresa esse processo é confidencial entre os indivíduos. Então mesmo que eu queira falar sobre isso, não posso, por causa dessas restrições de confidencialidade. O único motivo pelo qual isto ganhou tanta atenção é o vazamento e a atenção na mídia. Outros tentaram tirar vantagem disso. A F1 é um negócio competitivo e alguns elementos têm procurado se beneficiar disso e essa talvez seja a parte não tão bonita da nossa indústria."

Sobre a suspensão da funcionária, Horner disse que não poderia comentar sobre decisões internas.

Por que o caso continua nas manchetes após fim da investigação?

A questão é que muitos personagens da F1, publicamente ou não, questionam a transparência de todo o processo. Sabe-se que a Red Bull está envolta em uma luta de poder interna e que o apoio que Horner tem do sócio majoritário da empresa, Chalerm Yoovidhya, o beneficia neste momento.

A dúvida é quanto. Por um lado, foi Yoovidhya quem contratou os advogados que fizeram a investigação. Por outro, os vazamentos constantes demonstram uma tentativa de minar o poder de Horner dentro da equipe que ele lidera há 20 anos.

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Entenda o caso Horner

A suspensão da funcionária ocorreu depois de uma investigação interna feita por advogados contratados pela empresa Red Bull concluir que não havia motivos para que Horner fosse considerado culpado de má conduta.

Um dia depois do anúncio dessa conclusão de uma investigação, que durou oito semanas, foi vazado um dossiê com as supostas provas contra o chefe da Red Bull.

A funcionária, então, continuava ligada à equipe e trabalhando normalmente. Depois do vazamento, Horner usou a primeira corrida do ano, no Bahrein, para demonstrar que tinha o apoio de Yoovidhya, que posou ao seu lado durante o GP do Bahrein, e da esposa, a ex-Spice Girl Geri Halliwell, que também compareceu à prova.

A aparente calmaria não durou muito: ainda no sábado, o pai de Verstappen, Jos, declarou que a situação interna era insustentável se Horner continuasse. É sabido que os Verstappen estão do lado austríaco da Red Bull, alinhado com Helmut Marko, que tem se mantido longe das declarações polêmicas desta vez.

Já na Arábia Saudita, chegou a vez do próprio tricampeão Max Verstappen falar. Ele disse que seu pai "não é um mentiroso" e garantiu que segue alinhado com ele e com o empresário. Sobre Horner, ele não fez nenhum comentário negativo, mas deixou claro que, na sua visão, o mais importante são os resultados e não figuras individuais na equipe.

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