Pole Position

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Um ano após estreia e em boa fase, Piastri espera estar mais famoso em casa

É bem verdade que o mundo da F1 já tinha ouvido muita coisa sobre Oscar Piastri quando ele correu em solo australiano pela primeira vez, há pouco menos de um ano. Afinal, o piloto da casa tinha sido o pivô de uma disputa contratual entre Alpine e McLaren antes mesmo de estrear na F1. Mas o público em geral na Austrália sabia pouco sobre o tímido piloto, então com 21 anos.

Ele espera uma recepção bastante diferente na corrida deste final de semana. Piastri fez um ótimo campeonato de estreia, mostrando por que a McLaren foi atrás dele quando percebeu que o piloto ficaria na reserva da Alpine. Ele chegou a vencer a sprint do GP do Qatar, sendo um dos quatro pilotos que recebeu a bandeira quadriculada em primeiro em 2023, além de Max Verstappen, Sergio Perez e Carlos Sainz, e fez ainda dois pódios.

"Acho que vai ter mais gente que sabe quem eu sou dessa vez", disse Piastri sobre voltar à Austrália. "Espero que tenhamos um carro que funcione um pouco melhor lá do que no ano passado. Mas de qualquer maneira é sempre bom voltar para casa e competir diante da minha torcida."

A modéstia é uma das marcas de Piastri, que definitivamente pode esperar um GP caseiro com mais torcida para ele e também com um rendimento bem melhor. Ano passado, a McLaren começou mal o ano e Piastri foi eliminado ainda na primeira parte da classificação em casa. Na corrida, acabou fazendo seus primeiros pontos da carreira, chegando em oitavo, mas muito mais em função de quebras e acidentes do que da performance em si.

Inclusive, Piastri lembra que teve muitas dificuldades com o desgaste de pneus em Melbourne ano passado. Isso acabou virando uma constante ao longo do campeonato, e se tornou o ponto em que o australiano quis focar para sua segunda temporada.

Andando na frente de Norris, Piastri terá teste em Melbourne

Pelo menos por enquanto, tudo parece estar indo bem para um piloto que vem demonstrando uma evolução constante. Ele andou na frente do companheiro Lando Norris nas duas primeiras etapas do ano, mesmo tendo ficado preso atrás de Lewis Hamilton pela maior parte do GP da Arábia Saudita. O motivo? A falta de velocidade de reta da McLaren, somada ao desempenho ruim nas duas curvas de lenta do início da volta em Jeddah.

São problemas que podem aparecer novamente neste fim de semana na Austrália, já que a McLaren ainda não atacou todas as deficiências de seu carro. "Acho que, nas coisas que abordamos, notamos uma melhoria. Mas ainda há coisas em que ainda não trabalhamos. Então acho que não houve grandes surpresas no comportamento do carro, simplesmente serão coisas que vão demorar mais tempo para resolver", explicou.

Pelo menos do seu lado, Piastri acredita que segue evoluindo. Perguntado pela coluna sobre o ritmo de corrida em circuitos em que há alta degradação, seu ponto fraco em 2023, ele se disse contente com o que viu até aqui, especialmente no Bahrein, palco da primeira corrida do ano.

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"Foi uma corrida forte para mim. Foi nesse tipo de circuito, onde os pneus se degradam muito, onde eu sofri um pouco mais [ano passado]. E acho que tive um ritmo muito equilibrado, foi uma evolução. Claro, eu preciso continuar fazendo isso e haverá limitações diferentes a cada pista que vier."

Piastri disse que o circuito de Melbourne foi um dos mais difíceis para ele em termos de desgaste, então a corrida que começa às 2h da madrugada do domingo será um bom teste. "E também o Japão, que vem logo depois e que foi difícil para mim mesmo tendo conseguido o pódio."

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