Lando Norris lidera primeira sessão de treinos complicada na Austrália

O contato inicial dos pilotos com a pista australiana deixou claro qual a grande dificuldade deste final de semana: encontrar a altura certa para o carro ao mesmo tempo funcionar bem nas curvas de alta velocidade e estar alto o suficiente para os pilotos atacarem as zebras. Ainda mais com o vento, que mudou de direção ao longo da sessão.

E também é verdade que foram removidas algumas zebras altas, então os pilotos podem ter testado os novos minutos de pista. E vários acabaram perdendo o controle do carro e indo para a brita.

Que o diga Alex Albon, que teve uma forte batida depois que o assoalho do carro bateu na zebra e o tailandês perdeu o controle de sua Williams, gerando uma bandeira vermelha com 19 minutos para o final. Isso aconteceu instantes depois de George Russell quase perder sua Mercedes na chicane das curvas 9 e 10 e de Valtteri Bottas rodar, na mesma curva.

Antes disso, Fernando Alonso já tinha perdido o controle de sua Aston Martin e saído da pista. O espanhol danificou seu assoalho e teve de trocá-lo, então a bandeira vermelha acabou fazendo com que ele não perdesse tanto tempo em relação aos rivais, que também precisaram ficar nos boxes enquanto os fiscais limpavam a pista. A sessão teve 11 minutos de bandeira vermelha e foi reiniciada com nove minutos para o final.

Voltando à Mercedes, a maneira como Russell perdeu momentaneamente o controle do carro mostra que o time ainda tem o mesmo tipo de movimento na traseira em curvas de alta velocidade que prejudicaram a performance do carro na etapa anterior, na Arábia Saudita.

O time não levou atualizações para a terceira corrida do ano, ainda tentando entender se é possível encontrar algo na configuração do carro para melhorar a estabilidade.

Os pilotos também usaram a sessão para ter o primeiro contato significativo com o composto C5, que será o macio deste final de semana. Ele só estava disponível durante os testes de pré-temporada, mas não foi muito usado devido às características do asfalto mais abrasivo do Bahrein.

A Pirelli está levando para Melbourne pneus mais macios do que ano passado, na tentativa de aumentar as opções de estratégia, com mais degradação.