Ricciardo chega à Austrália pressionado e evita foco em vaga na Red Bull
Antes da temporada 2024 da Fórmula 1 começar, teve até rumor dizendo que Sergio Perez tinha poucas corridas para se provar e poderia ser substituído ainda no início do campeonato por Daniel Ricciardo. Isso, sem que o australiano tivesse mostrado grandes resultados desde seu retorno à categoria, atrapalhado por uma fratura na mão. Depois de duas corridas, o cenário não poderia ser mais diferente: é Ricciardo quem chega ao GP da Austrália pressionado.
"Eu não acredito em nenhuma dessas histórias", disse Ricciardo já em Melbourne, onde o primeiro treino livre começa na noite desta quinta-feira, às 22h30, pelo horário de Brasília. "Eu sei, obviamente, qual é a minha posição na equipe. Eu sei, digamos, algumas coisas que potencialmente poderiam acontecer se eu me saísse muito bem. Mas isso é tudo... Acho que é sempre nosso objetivo fazer o melhor que pudermos. No momento, definitivamente não estou olhando muito para frente. Então, estou pensando no assento da Red Bull de que você fala? Não. Eu sei que se eu conseguir alguns resultados realmente bons, talvez isso possa se apresentar potencialmente."
Ricciardo tem vivido uma montanha-russa nos últimos anos. Desde que saiu da Red Bull em 2018, em parte porque não acreditava que teria espaço em um time cada vez mais voltado a Max Verstappen, e em parte pela desconfiança com o motor Honda, ele teve passagens pela Renault e pela McLaren, chegou a vencer corrida, mas nunca pilotou no mesmo nível de antes.
Sem assento para 2023, ele foi 'recuperado' pela Red Bull, como piloto reserva. E foi justamente quando estava na Austrália, vendo os demais irem para a pista em sua corrida caseira, que ele resolveu que estava pronto para voltar. A vaga surgiu alguns meses depois, na então AlphaTauri. Foram duas corridas até que ele sofresse uma fratura na mão em um acidente em Zandvoort. No segundo retorno, teve um ótimo final de semana no México, e esperava que a preparação de uma temporada 'normal' o ajudasse em 2024.
Até aqui, ele foi superado pelo companheiro Yuki Tsunoda nas duas classificações, e só terminou na frente do japonês no Bahrein por uma ordem de equipe. Enquanto isso, Perez, no time principal da Red Bull, fez dois segundos lugares e tem se mostrado bem mais confortável com o carro do que em 2023.
"As duas primeiras corridas não foram incríveis, mas não é uma preocupação, acho que são duas corridas em 24 e há muita gente nova na equipe. Então é muito cedo, mas eu definitivamente quero ter um fim de semana forte e me sair bem", disse Ricciardo. "Estou de volta porque acredito que posso fazer isso. Acredito que pertenço a este lugar, e é isso. Eu quero deixar as pessoas orgulhosas, as pessoas que me apoiam."
Ricciardo sabe, contudo, que precisa ser perfeito para ter os resultados que vão colocá-lo em uma posição melhor em um mercado de pilotos que promete ser movimentado para 2025. A parte do grid em que sua equipe, a RB, está é bastante competitiva. "Acho que o final do Q1 na Arábia Saudita, do 9º ao 16º lugar, foi menos de um décimo. Então você pode rapidamente parecer ser um herói ou não. E é aí que cada décimo conta. E é aí que obviamente olho primeiro para o meu próprio rendimento."
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