Charles Leclerc lidera primeiro dia do GP da Austrália e Albon vira dúvida

O acidente foi resultado de uma dificuldade que também afetou outros pilotos. A mensagem "chequem o assoalho" foi repetida por vários pilotos durante as duas sessões. Para funcionar bem nas curvas de alta velocidade, os carros precisam andar muito baixos e também com suspensões bastante duras. Isso deixa os carros menos "maleáveis" para lidar com as zebras.

Como as duas sessões foram marcadas também por rajadas de vento, isso se tornou uma combinação difícil para os pilotos, com muitos saindo da pista.

Um dos pilotos que danificou o assoalho foi justamente Verstappen, que perdeu os primeiros 20 minutos da segunda sessão porque a Red Bull teve de trocar a peça. Quando ele foi à pista, estava claro que não estava totalmente confortável com o carro. Verstappen fez sua melhor volta na segunda tentativa com o jogo de pneus, demonstrando que ainda não está conseguindo tirar tudo do equipamento.

Quem também não começou bem foi a Mercedes, com ambos carros saindo de traseira, como já tinha acontecido nos trechos rápidos da Arábia Saudita. George Russell foi mais veloz que Lewis Hamilton por todo o dia, mas terminou apenas em sexto, atrás ainda das duas Aston Martin, que costumam andar mais leves às sextas-feiras. Hamilton não chegou a fazer uma simulação de classificação representativa, passou bastante tempo nos boxes mesmo quando os demais faziam simulações de corrida, e terminou em 18º.

No ritmo de corrida, a Red Bull foi a mais rápida, mas com Sergio Perez, embora o mexicano não tenha tido uma simulação de classificação limpa. As Ferrari aparecem bem também para a corrida, embora não tão fortes como em classificação, e a McLaren, com Oscar Piastri, também pareceu estar competitiva.

Agora, as equipes vão estudar os dados e buscar o melhor acerto, que será testado no terceiro treino livre, última chance de mexer nos carros antes da classificação, que começa às 2h da madrugada do sábado.