Crescimento de rivais da Red Bull é sinal de alerta para renovação de Perez
A Red Bull venceu os últimos três GPs de Mônaco, mas desta vez eles chegam ao Principado sem saber se terão alguma vantagem. Primeiro, porque o final de semana de Mônaco é diferente e um bom resultado tem muito a ver com a confiança do piloto na classificação, que costuma ser decisiva. Mas também porque McLaren e Ferrari estão muito mais próximas deles em termos de rendimento do que em qualquer outro momento nos últimos dois anos.
Tudo isso tem impacto direto no futuro de Sergio Perez, então não é de se estranhar que ele tenha pressa em resolver sua situação, já que o contrato atual vai até o final deste ano. Quanto mais próximos os rivais estiverem da Red Bull, mais provavelmente os pontos serão divididos, o que pode começar a ameaçar a conquista do título de construtores, muito importante para a equipe.
Isso já está refletido na pontuação deste ano. Após as seis primeiras etapas de 2023, a Red Bull tinha 129 pontos de vantagem em relação à segunda colocada, que era a Aston Martin. Agora, a diferença para a Ferrari, que está em segundo, é de 56 pontos.
A Red Bull ainda tem vantagem, mas também tem motivos para se preocupar com o campeonato de construtores do ano que vem, e é aí que a situação de Perez fica mais delicada. Até porque, quando o carro está mais difícil de pilotar, como aconteceu em Imola, na última corrida, enquanto Max Verstappen conseguiu a pole e a vitória, o mexicano ficou de fora do top 10 e foi apenas o oitavo na corrida.
"Christian sabe o que está acontecendo", disse Perez, referindo-se ao chefe da Red Bull, Christian Horner. "Nós vínhamos tendo uma ótima temporada até Imola. Foi uma corrida difícil lá e é isso. Acho que é importante para minha temporada dar uma revisada nesses dias ruins e daí será um grande ano porque eu acho que estou em ótima forma, estou muito feliz e competitivo com o carro e não há motivos para que não possamos manter essa boa forma."
Horner, por sua vez, diz apenas que "o mercado de pilotos está se resolvendo e sabemos exatamente onde estamos em termos de opções. No momento certo, tomaremos nossas decisões a respeito do futuro."
Há um sinal de que o futuro de Perez não está resolvido: Carlos Sainz tem uma proposta da Audi na mesa, mas está preferindo esperar. Ele também foi procurado pela Red Bull, e sabe que existe a possibilidade de que a vaga (seja em 2025, seja em 2026) seja mais atraente do que um lugar ao lado de Max Verstappen. Isso porque o holandês pode deixar o time, de olho a seguir com o melhor conjunto quando a F1 passar por uma grande mudança de regra, em 2026.
Perguntado sobre a renovação, Perez desconversou. "Até que você assine, não importa o quão perto você esteja. Nada foi assinado e meu foco não é meu contrato e, sim, neste fim de semana."
Perez já venceu em Mônaco, em 2022, e espera voltar à boa forma do início do ano, com três segundos lugares em quatro provas. Ao mesmo tempo, ele cobra da equipe uma melhora, sabendo que principalmente a McLaren diminuiu a diferença com as atualizações que trouxe para o carro em Miami.
"Eles estão diminuindo bastante a diferença e temos de nos certificar que possamos crescer. Nós ainda não colocamos um grande pacote no carro e eles parecem estar diminuindo a diferença. E isso também é ótimo porque queremos ver como McLaren e Ferrari rendem com um carro capaz de vencer corridas. É algo que será fascinante de se ver."
Para este fim de semana, como Mônaco é Mônaco e a classificação é muito importante, Perez acredita que até equipes que normalmente não lutam pelas primeiras posições podem surpreender.
"Acho que eles estarão na disputa, definitivamente", disse, referindo-se a McLaren e Ferrari. "Na verdade, acho que eles podem ser duros de serem batidos. Ao mesmo tempo, acho que todas as equipes podem se surpreender. Porque as margens são muito pequenas na classificação e equipes do meio do pelotão podem fazer uma grande volta e podem entrar no meio também."
As atividades para o GP de Mônaco começam nesta sexta-feira com dois treinos livres a partir das 8h30 e das 12h, pelo horário de Brasília.
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