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GP do Canadá: Ferrari favorita, McLaren na briga e Red Bull fazendo testes

Lando Norris, da McLaren, diz que eles são os favoritos. Helmut Marko, consultor da Red Bull, concorda. E Charles Leclerc admite que há "uma sensação de oportunidade" no ar para uma segunda vitória seguida da Ferrari na temporada neste final de semana, no GP do Canadá.

A pista de Montreal é diferente de Mônaco, palco da última etapa, vencida por Leclerc. Há grandes retas, as corridas são muito mais abertas, o grande desafio é cuidar dos freios. Mas existe um ponto em comum: a necessidade de atacar as zebras para ser veloz. E ninguém tem conseguido atacar as zebras com tanta tranquilidade como a Ferrari, o que tem a ver com uma suspensão traseira que só eles - e a Haas, por ser cliente - têm.

"Mônaco foi uma pista particularmente favorável. Talvez aqui seja neutro", disse Leclerc, antes dos primeiros treinos livres para o GP do Canadá, que serão realizados em duas sessões de 1h cada nesta quarta-feira a partir das 14h30 e 18h. "Não acho que o ponto forte da Red Bull seja atacar as zebras, então pode ser uma oportunidade para nós."

Red Bull espera não sofrer tanto quanto em Mônaco

De fato, a Red Bull sempre teve dificuldades com as zebras porque sua suspensão é muito dura e o carro tem de ser levantado, perdendo rendimento no restante da pista. E, ao mesmo tempo que esse comportamento piorou neste ano, os rivais estão mais próximos, expondo mais esse problema.

Depois de ficar de fora do pódio em Mônaco, a Red Bull estudou soluções para seu carro que vai colocar em prática nos treinos livres.

"Espero que não seja tão severo quanto foi em Mônaco, com essa questão da altura que tivemos lá", disse Sergio Perez. "Trabalhamos nisso, analisamos, e acho que é ótimo ter uma corrida com características parecidas com Mônaco em vários aspectos logo em seguida. Então vai ser interessante, mas espero que estejamos um pouco mais fortes. Não acho que vai ser nossa pista mais forte, mas espero que possamos estar na briga."

Além de se preocupar com a Ferrari, a Red Bull tem ainda que lidar com a McLaren, que vem de vitória em Miami, de um segundo lugar colocando muita pressão na Red Bull em Imola, ambos com Lando Norris, e um segundo lugar também em Mônaco com Oscar Piastri

O australiano não acredita que a McLaren tenha feito algo especial, eles simplesmente "estão com o carro na janela correta de funcionamento", e acredita que o time não tem motivos para duvidar que estará na briga pela vitória novamente neste fim de semana, já que demonstrou desde o GP de Miami um desempenho consistente em tipos diferentes de circuitos.

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"Acho que podemos estar confiantes de que estaremos na disputa. Não sei se seremos favoritos, mas acho que não dá para dizer no momento quem são os favoritos."

A McLaren tem uma suspensão mais convencional que Ferrari e Red Bull, e também não esteve totalmente confortável atacando as zebras em Mônaco, embora Piasri tenha sido segundo no grid e na corrida. Então há alguma incerteza em relação ao desempenho deles em Montreal.

Quem estará na frente na Mercedes?

Na Mercedes, será interessante observar a dinâmica entre os companheiros Lewis Hamilton e George Russell. Essa é uma das pistas em que Hamilton teve mais sucesso no passado. Em suas palavras, "é uma pista boa para quem deixa para frear bem tarde e para quem é agressivo". E sua grande vantagem sempre foi essa, a capacidade de frear mais dentro da curva sem comprometer a saída.

Isso porque Hamilton levantou suspeitas de que algo esteja acontecendo no seu lado da garagem da Mercedes nas classificações, o que explicaria ele ter sido mais lento que o companheiro Russell em sete das primeiras oito definições de grid de largada. Ver Hamilton mais lento justamente no Canadá seria uma surpresa, ainda que a diferença média entre os dois ao longo dos dois anos e oito etapas em que correram juntos seja mínima, menos de 20 milésimos.

O heptacampeão terá a asa dianteira nova, que apenas George tinha em Mônaco, e disse que vai "tentar" se classificar à frente do companheiro.

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Mas Hamilton e todos os demais podem ser surpreendidos. Não é incomum em Montreal que algum piloto do meio do pelotão consiga uma boa volta e se coloque entre os primeiros. Ano passado, foi Nico Hulkenberg quem fez o segundo melhor tempo na classificação, com a Haas.

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