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Hamilton pede calma aos fãs enquanto pilotos esperam decisão de Sainz

Depois de duas semanas de muita polêmica a respeito do tratamento que Lewis Hamilton está recebendo na Mercedes, Lewis Hamilton pediu que seus fãs deem apoio ao invés de negatividade.

"Eles sabem que sempre fomos uma equipe forte, sempre trabalhamos muito juntos", disse Hamilton. "Acho que é fácil ficar emotivo, até comentei no último corrida, por exemplo, como tenho falhas. Acho que precisamos de apoio, não de negatividade", disse o piloto, que também defendeu o companheiro George Russell.

"George não fez nada além de dar o seu melhor em cada fim de semana e entregar para a equipe, então ele não pode ser culpado de forma alguma. É claro que sempre há coisas que podem ser melhores dentro de uma equipe e isso acontece por meio de conversas, de comunicação, e é nisso que estamos trabalhando consistentemente."

Qual será o destino de Carlos Sainz?

Mas a pergunta que mais se repetia no paddock da Fórmula 1 no primeiro dia de atividades do GP da Espanha era se haveria um anúncio a respeito do futuro de Carlos Sainz, e qual teria sido a decisão dele: ir para Williams ou apostar na Audi. Isso porque o espanhol está em casa, claro, e tem repetido que tomará uma decisão muito em breve.

Ambas as opções têm seu lado positivo. A Williams está passando por uma reestruturação e na verdade não tem um carro tão ruim quanto os apenas dois pontos marcados até agora possam fazer parecer. Eles estão em uma luta para diminuir o peso do carro e já tiraram quase 15kg do carro neste ano, o que é bastante em termos de Fórmula 1. Alex Albon, inclusive, disse em Barcelona que eles definitivamente seriam a melhor equipe da segunda parte do pelotão se tivessem começado o ano mais perto do peso mínimo definido pelo regulamento. E poderiam ter surpreendido até os grandes. "Eu diria que, se estivéssemos no peso certo, teríamos ficado à frente da Mercedes na primeira corrida do ano."

Falando em peso, a Alpine é outra equipe que vem sofrendo. Eles têm no momento um carro mais pesado que o outro, e esse chassi está mudando de mãos neste fim de semana: agora será Pierre Gasly quem vai amargar algumas provas com uns quilos a mais.

O GP da Espanha será uma boa oportunidade também para Esteban Ocon mostrar serviço para sua próxima equipe, já que ele sabe que não estará na Alpine ano que vem. O francês é um dos pilotos que estão em compasso de espera pela decisão de Sainz: ele já foi colocado pelo próprio chefe da Williams, James Vowles, como a segunda opção da equipe caso Sainz não assine com eles, e também está na lista da Audi. Então, é o primeiro a aguardar pelo anúncio de Carlos.

Além destas vagas na Williams e na Audi, que vai entrar na F1 oficialmente em 2026, mas que já quer ter a dupla definida correndo na Sauber ano que vem, falta definir o segundo posto da RB, da Aston Martin, da Mercedes e as duas vagas de Haas e Alpine.

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É bem verdade, contudo, que tudo indique para que os novatos Kimi Antonelli e Oliver Bearman, atualmente na F2, fiquem respectivamente com as vagas de Hamilton e de Hulkenberg. O britânico Bearman, inclusive, fará mais uma sessão de treinos livres nesta sexta-feira pela Haas e sorriu quando perguntado se gostaria de ser anunciado no GP da Grã-Bretanha como titular na F1. "Seria perfeito, mas não está nas minhas mãos."

Zhou 'se candidata' para a Alpine

Quem, como Ocon, terá um chassi diferente é Zhou Guanyu, que contou estar sentindo um comportamento totalmente diferente do carro desde que passou a usar o chassi reserva no GP da Emilia Romagna. É normal que a equipe faça uma rotação de carros, até para todos estarem no mesmo nível de quilometragem, mas não é normal que haja diferenças no comportamento do carro.

O chinês realmente precisa melhorar seu desempenho, já que é um dos pilotos que buscam uma vaga no grid no ano que vem. Ele disse que a volta ao chassi anterior, com as atualizações que a Sauber trouxe desde a última vez em que usou o equipamento são "como recomeçar do zero" para ele.

Zhou disse estar conversando com "todas as equipes que ainda estão abertas" para o ano que vem, o que, em um cenário realista para ele, significa que há conversas na Alpine e na Haas. No time francês, ele tem trunfo: a Renault está expandindo sua parceria com a montadora chinesa Geely, com a qual o piloto tem longa relação. "Sei que eles têm muito interesse na F1 e que vão me ajudar se possível, tenho uma longa relação com eles", disse Zhou

A Alpine, aliás, precisa definir quais serão seus dois pilotos - e, como Zhou apontou, é uma decisão que vai além de 2025 porque "ninguém vai querer fechar só por um ano sabendo que tem uma mudança de regras em 2026" e também precisa definir se vai continuar com a Renault como sua fornecedora de motores. Na Espanha, representantes da equipe confirmaram que eles estão estudando as possibilidades para 2026, quando a F1 terá uma nova unidade de potência. O que, por sinal, não é um bom sinal em relação ao que a fábrica da Renault tem conseguido com o novo motor até aqui.

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