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Perto da Alpine, Sainz revela desafios de negociar na F1: 'Muita política'

Carlos Sainz viveu um pouco de tudo desde que ouviu da Ferrari em janeiro que seu atual contrato não seria renovado porque Lewis Hamilton estava chegando em Maranello. Ele passou de ser cobiçado por várias equipes, citado por Toto Wolff e pela chefia da Red Bull, a alguém que não deixou boas impressões por onde negociou. Foram meses de idas e vindas até que chegasse à aproximação atual com a Alpine. E de uma certa desilusão do próprio Sainz com a Fórmula 1.

"Em primeiro lugar, a situação em que estive este ano me fez aprender muito sobre a Fórmula 1 em geral", disse o espanhol no último final de semana, na Áustria, em uma coletiva de imprensa concorrida, com todos querendo saber por que o espanhol está demorando tanto para se definir.

"Conversar com as equipes me mostrou o quão difícil é esse esporte e como às vezes você precisa acreditar pouco no que as pessoas dizem no início das negociações, nas conversas e principalmente nas pessoas. E também a confiar em poucas pessoas porque é realmente um esporte muito político."

Com mais da metade das vagas sem definição na primeira parte do ano, Sainz bateu em praticamente todas as portas para tentar entender qual era o cenário. Na Red Bull, em abril, quando despontou muito bem no campeonato e inclusive venceu o GP da Austrália, ele parecia ter o apoio de Helmut Marko, mas não de Christian Horner, que vem dando as cartas ultimamente, tendo sido importante para a manutenção de Sergio Perez e também foi quem trouxe Daniel Ricciardo para a RB.

Na Mercedes, nunca foi seriamente considerado, a não ser como uma alternativa temporária antes da chegada do italiano Andrea Kimi Antonelli, de 17 anos, atualmente na F2.

Em maio, ficou claro que suas opções reais seriam menos badaladas.

A Audi, que está em processo de tomar o controle da equipe que hoje é a Sauber para entrar de vez na F1 em 2026, tinha feito uma proposta boa financeiramente para o espanhol liderar o projeto dos alemães, mas com uma oferta de três anos sem muita flexibilidade, o que não interessa para Sainz no momento.

Isso fez o piloto da Ferrari estudar outras possibilidades, estando muito próximo de um acordo com a Williams antes que o projeto da Alpine começasse a parecer mais atrativo.

O chefe do time inglês, James Vowles, não gostou nada da volta atrás do espanhol e o avisou que começaria a falar mais seriamente com outros pilotos - que seriam Valtteri Bottas e Esteban Ocon - e lhe daria até esta semana para que uma decisão fosse tomada.

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Mas Sainz não tem pressa, e inclusive mandou um recado no domingo, após o pódio no GP da Áustria. "Serei honesto e direto com as equipes. Mas é uma decisão importante para mim e vou levar o tempo necessário para tomá-la. E, se há equipes um pouco impacientes, não há nada que possa fazer quanto a isso."

É por essas e outras que Sainz já não é mais considerado como um sério candidato à vaga da Williams, o que basicamente lhe deixa muito próximo da Alpine.

A definição de Sainz é o que o mercado precisa para poder engrenar. Na prática, além da vaga na Alpine, existe uma na Haas, uma na Sauber/Audi e o posto ao lado de Alex Albon na Williams.

O espanhol indicou que só vai tomar uma decisão depois do GP da Grã-Bretanha, que será realizado neste fim de semana. Isso porque a F1 vem em uma sequência de três provas em finais de semana seguidos, e Sainz disse que "não é o momento de focar em uma decisão tão importante" para ele.

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