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Verstappen fala sobre correr com visão embaçada: 'Não aconselho a ninguém'

Max Verstappen não quis fazer alarde ao comentar os problemas de visão que teve na segunda metade do campeonato de 2021, quando travava uma intensa batalha com Lewis Hamilton pelo título. Mas disse não "aconselho para ninguém" a experiência que teve de pilotar sem conseguir enxergar direito, como consequência do acidente que sofreu no GP da Grã-Bretanha daquele ano.

O holandês respondeu de maneira monossilábica a várias perguntas que surgiram na primeira coletiva de imprensa que ele deu depois que o caso foi revelado em uma entrevista que ele deu para o site oficial da Red Bull. Na entrevista, ele lista suas vitórias mais difíceis, e conta que sofreu bastante no GP dos Estados Unidos de 2021.

Isso porque, desde a batida de Silverstone, em julho, após um toque com Hamilton, ele vinha sentindo que sua visão estava embaçada principalmente quando pilotava em pistas onduladas e em circuitos com muitas mudanças de elevação. E o Circuito das Américas, em Austin, tem ambos. Para piorar, foi uma corrida muito tensa, com Verstappen e Hamilton muito próximos um do outro o tempo todo.

Max Verstappen leva a pior em toque com Lewis Hamilton, roda e abandona GP de Silverstone de Fórmula 1
Max Verstappen leva a pior em toque com Lewis Hamilton, roda e abandona GP de Silverstone de Fórmula 1 Imagem: Reprodução/F1

Na Hungria, ele explicou que esses problemas só o afetaram em 2021. Perguntado se tinha sido mesmo algo causado pela batida de Silverstone, ele disse que "nunca tinha acontecido antes". Questionado sobre a seriedade de sua condição, ele afirmou que "digamos que eu não aconselhe a ninguém pilotar aquele jeito".

Verstappen contou que pediu ajuda a "pessoas próximas" e eles encontraram um tratamento, que resolveu o problema antes da temporada 2022. "Mas não quero ficar falando muito nisso".

Líder do campeonato aposta em atualizações da Red Bull na Hungria

Verstappen estava mais à vontade para falar sobre as atualizações que a Red Bull está trazendo para esta corrida. "É algo um pouco maior do que qualquer coisa que a gente tenha introduzido até aqui na temporada. Se não virmos uma melhora considerável nos nossos números, isso vai significar que a segunda metade do ano pode ser mais complicada."

Verstappen reconhece que a Red Bull não tem mais tido o carro mais rápido, ainda que as equipes da frente estejam bastante igualadas. "Acho que a situação mudou. Agora a questão é o quão perto nós estaremos deles e não o contrário. Outras equipes deram passos maiores do que nós com as novidades que eles trouxeram para seus carros, e também tivemos algumas corridas em que o carro esteve mais complicado, em que tivemos dificuldade para encontrar o melhor equilíbrio nos treinos livres. E isso faz com que seja desafiador para o piloto ser consistente."

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De fato, do GP de Miami para cá, foi a McLaren quem marcou mais pontos no campeonato. Ainda assim, entre os pilotos, Verstappen ainda está tranquilo, até porque construiu uma grande margem no início do ano e conseguiu vencer duas vezes neste período. Ele tem 255 pontos, contra 171 do segundo colocado, Lando Norris.

A Hungria será um desafio interessante porque é uma pista diferente em relação às últimas etapas. Não é um circuito de rua tão travado quanto Mônaco, não tem as retas de Miami ou Canadá, não tem as curvas de alta velocidade de Silverstone e Barcelona, não apresenta tantas chances de ultrapassagem com a Áustria. Neste cenário, até mesmo a Ferrari, que não andou bem nas últimas provas, pode voltar a figurar na luta pelas primeiras posições junto da Red Bull, McLaren e Mercedes.

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