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Verstappen aceitou já na sexta-feira que perderia para Norris, diz chefe

A vitória de Lando Norris com mais de 20 segundos de vantagem no GP da Holanda não foi uma surpresa para a Red Bull e para o líder do campeonato, Max Verstappen. Pelo menos de acordo com o chefe do holandês, Christian Horner.

"Ele entendeu desde a sexta-feira que o ritmo especialmente do Lando era muito superior. E fez uma corrida muito madura porque, quando você não pode ganhar, tem de focar em chegar em segundo e pensar no campeonato."

Verstappen perdeu oito pontos em relação a Norris no GP da Holanda, mas ainda tem 70 de vantagem com nove corridas (sendo três finais de semana de sprint) para o final. É uma folga considerável, mas também é verdade que, enquanto a McLaren vem andando bem em diferentes pistas, a Red Bull está em um momento de fazer experimentos para entender por que o carro não tem o mesmo equilíbrio de antes.

"Agora nós temos mais de 140 voltas de informações para analisar", salientou Horner, lembrando que a equipe decidiu usar duas configurações bastante diferentes nos carros, chegando a voltar a usar o mesmo assoalho da primeira etapa, no Bahrein, no caso de Verstappen, para colher dados e entender qual o caminho a seguir.

Dentro desse contexto, um fator que pode ter contribuído para uma diferença tão elástica neste domingo em Zandvoort é a variação das condições climáticas ao longo do final de semana. "Olhando agora, acredito que teríamos usado menos carga aerodinâmica. A chuva e vento da sexta acabaram fazendo com que arriscássemos mais", disse o chefe da Red Bull.

Horner acredita que a configuração usada por Sergio Perez, que terminou em sexto, estava melhor do que a usada por Verstappen, que reclamou muito que o carro não respondia ao que ele tentava fazer.

Não é de agora que a Red Bull vem sofrendo com a configuração e o acerto de seu carro, e Horner aponta a asa dianteira como o grande diferencial de performance do momento. "McLaren e Mercedes têm uma frente bem diferente das demais. É onde os demais acharam performance e se tornou uma área chave do desenvolvimento."

Agora a F1 vai para pistas com características bastante específicas. Em Monza, já no próximo final de semana, as equipes vão usar o mínimo possível de pressão aerodinâmica, com uma configuração bem diferente da utilizada em Zandvoort. Em Baku, também há retas bastante longas, mas ao mesmo tempo o terceiro setor é bastante travado. E em Singapura a configuração muda totalmente mais uma vez, estando mais perto da usada em Mônaco. Especialmente o circuito de Marina Bay não é nada favorável para a Red Bull de Verstappen.

Nestas corridas, um terceiro elemento pode entrar na briga, além da possibilidade de a Mercedes, que vem tendo altos e baixos, também incomodar. A Ferrari costuma ir bem nestas três pistas e até mesmo o chefe da equipe, Fred Vasseur, estava otimista após um pódio inesperado em Zandvoort, com Charles Leclerc, onde eles esperavam ter um fim de semana para esquecer. E até mesmo Fernando Alonso engrossou o coro. "A Ferrari vai ser a equipe a ser batida nas duas próximas corridas pelo que vimos até aqui na temporada e também pela vitória do Leclerc em Mônaco."

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