Norris é pole, em classificação surpreendente de Verstappen e Hamilton

A largada para o GP de Singapura será às 9h da manhã deste domingo, pelo horário de Brasília.

Na "família" Red Bull, se por um lado Verstappen foi segundo e Yuki Tsunoda foi o oitavo, por outro a classificação foi complicada logo antes de uma decisão sobre o futuro de Liam Lawson e da formação das equipes para o ano que vem ou até mesmo para a próxima corrida: Sergio Perez vai largar em 13º e Ricciardo só em 16º.

Q1: Ricciardo eliminado no que pode ser a última classificação

O principal nome entre os eliminados foi Daniel Ricciardo, um dos personagens deste fim de semana. Isso porque ele espera ouvir notícias sobre seu futuro depois dessa prova, com a possibilidade, inclusive, de não estar na RB já a partir da próxima corrida. Ele larga em 16º e terá dificuldades para impressionar neste GP de Singapura

Max Verstappen quase acabou no muro após um desequilíbrio importante, mas conseguiu evitar o acidente e passou com tranquilidade, em segundo, mesmo socando o volante e reclamando de "idiotas atrapalhando o tempo todo". Ele se referia às duas Sauber, de Bottas e Zhou, que ficaram com as duas últimas posições do grid.

As Alpine também não foram nada bem e Esteban Ocon escapou da eliminação por apenas sete centésimos. Seu companheiro Pierre Gasly não conseguiu passar do Q1 e vai largar em 18º, na penúltima fila ao lado de Lance Stroll.

Franco Colapinto, em sua terceira sessão de classificação da carreira na F1, chegou a tocar o muro, mas conseguiu se recuperar e passou com muita tranquilidade, andando perto do companheiro de Williams, Alex Albon.

Q2: Perez e as Williams são eliminados

Verstappen continuou lutando com o carro na segunda parte da classificação, mas ao mesmo tempo sendo bem mais rápido que o esperado. George Russell reclamava muito da falta de aderência, inclusive dizendo que a inconsistência vinha dos pneus Pirelli e não do carro, pois o comportamento tinha mudado muito entre o terceiro treino livre e a classificação.

Albon fez uma reclamação semelhante e, depois das primeiras tentativas, nem ele nem Colapinto estavam no top 10. O rendimento de ambos não melhorou na segunda tentativa, deixando Albon irritado. "O que a gente está fazendo?", perguntou o tailandês à equipe.

Mas ambos conseguiram ficar à frente de Perez, que não passou da 13ª colocação com a Red Bull. O tempo dele foi nove décimos mais lento que o de Verstappen, mesmo com todas as dificuldades que o holandês visivelmente tinha para controlar o carro. O mexicano reclamou de falta de aderência. "Acho que meus freios estavam ficando muito quentes. Vamos precisar de alguma mágica amanhã. Mudamos muito o carro e acho que fomos na direção errada."

Outra grande diferença foi entre Hulkenberg, que passou fácil para o Q3, e Magnussen, eliminado junto de Ocon. Ou seja, Tsunoda e Alonso, que viram seus companheiros ficarem no Q1, passaram para a disputa do top 10.

Q3: Sainz bate abrindo volta rápida

A terceira parte da classificação teve uma bandeira vermelha demorada quando Carlos Sainz bateu na última curva, abrindo uma volta rápida. Apenas Piastri e Hulkenberg tinham feito tempos, e Verstappen passou logo depois do acidente, fez o melhor tempo, mas teve a volta deletada. Ele disse que levantou o pé quando viu o carro, mas passou tão perto do momento do acidente de Sainz que as bandeiras amarelas estavam sendo acionadas naquele exato momento.

A sessão foi reiniciada com ainda oito minutos pela frente, tempo suficiente para todos voltarem à pista. O companheiro de Sainz, Charles Leclerc, saiu da pista na única volta rápida que acabou tendo e vai largar ao lado de Sainz na quinta fila.

Sem as Ferrari na disputa, isso abriu a chance para Red Bull e Mercedes, que não vinham tão bem e fizeram muitas mudanças no carro entre a sexta e o sábado. Mesmo assim, é surpreendente que Verstappen e Hamilton tenham conseguido ficar à frente da McLaren de Piastri. O inglês da Mercedes, particularmente, estava muito feliz com a sensação que teve no carro na classificação.

"A classificação tem sido um desastre para mim e eu estou trabalhando muito. Do nada, o carro ganhou vida naquela volta. Meus mecânicos mudaram tudo no carro várias vezes neste fim de semana e eles fizeram um grande trabalho."

Mas ninguém foi tão rápido quanto Norris, que comemorou ter um carro em Singapura com o qual se sente confortável para forçar. Ele foi dois décimos mais rápido que Verstappen e quatro décimos mais veloz que o companheiro Piastri.