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Globo ou Band: quem vai transmitir a Fórmula 1 em 2025?

Dificuldades de pagamento agravadas pelo calote de um anunciante e níveis baixos de audiência fizeram com que a TV Bandeirantes chegasse a comunicar à equipe de transmissão que não cumpriria o contrato vigente com a Fórmula 1 para transmitir o campeonato até o final de 2025. A Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da categoria, acertou os termos de um novo contrato com a TV Globo, que já em julho se movimentava para formar a equipe que comandaria a atração a partir do ano que vem. Até a Band voltar atrás.

Em setembro, a emissora enviou uma nova proposta à F1 para permanecer com os direitos. E, no último final de semana, a Folha de S.Paulo noticiou que a Band não aceitou os termos da proposta de rescisão do contrato apresentada pela Liberty Media.

Que a rescisão não estava acertada já tinha ficado claro com a maneira como a Globo se comportou no evento na semana passada em que mostrou ao mercado publicitário quais serão suas grandes apostas para 2025. O evento começou com um modelo de carro de F1, somente com o logotipo da emissora, e a palavra "será?" ao fundo.

As questões que ficam são, primeiro, o que teria causado a mudança da postura da Band e, segundo, o que vai acontecer com os direitos de transmissão.

Esse período entre julho e setembro coincidiu com o surgimento da possibilidade do piloto brasileiro Gabriel Bortoleto estar no grid da F1 ano que vem. Tanto Band, quanto Globo, sabem como isso elevaria o patamar de audiência e, consequentemente, de valores de mercado da categoria. E isso pode ter feito a Band mudar de ideia.

Na ótica da Fórmula 1, em que pese o apoio dos fãs do esporte pelo espaço que a Band tem dado à categoria, os números de audiência são baixos demais para um mercado como o brasileiro.

E não é apenas a Liberty que pensa dessa maneira. Eles sofrem a pressão de parceiros como a Mastercard para melhorar a situação dos direitos no Brasil. Trata-se de um mercado estratégico para várias das parceiras mundiais da categoria e muitos deles sentem que este mercado não está sendo tão bem aproveitado como poderia.

O cálculo da F1 é de que a Globo conseguiria entregar mais do que a Band consegue atualmente mesmo mostrando menos corridas. E, com a maior visibilidade, aumenta também o lucro.

Até porque trata-se de um acordo de revenue share, ou seja, divisão do lucro com anunciantes entre as partes, 15 corridas ao vivo na TV aberta, com transmissão simultânea no SporTV e o restante das sessões no canal pago, além do acesso do aplicativo F1TVPro não sofrer alterações em relação ao funcionamento atual.

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As bases estão acertadas, mas a Liberty Media precisa primeiro acertar a rescisão da Band e depois acertar os últimos detalhes com a Globo para finalizar a mudança. E, com essa nova postura da Band, a primeira parte da história não deverá ser resolvida de maneira tão simples como se previa, embora também tenham existido possíveis gatilhos de quebra desse contrato no passado, por conta da já sabia dificuldade de pagamento. Ou seja, fica a dúvida de qual seria a real posição de barganha dentro desse contexto.

A Band pode acreditar que conseguiria os resultados melhores que estão faltando ano que vem, caso Bortoleto entre como um fator. Valtteri Bottas já acertou com a Sauber quais seriam seus termos para renovar o contrato, tinha escutado que a decisão seria tomada em breve há mais de um mês, e ainda está esperando, enquanto existe no paddock o rumor, não confirmado pelo piloto brasileiro, de que a equipe Sauber estaria inclusive preparando um teste para ele no futuro próximo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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