Sprint, chuva, asfalto novo, carros próximos: por que o GP de SP promete
Depois de dois anos consecutivos de campeonato chegando já decidido na etapa brasileira da Fórmula 1, o cenário é completamente diferente para a corrida deste domingo. Tanto o campeonato de pilotos quanto o de equipes estão totalmente em aberto, o rendimento dos carros está muito mais próximo, e há fatores próprios de Interlagos que prometem jogar ainda mais incertezas no ar.
O primeiro é o asfalto novo, sobre o qual as equipes não tinham muita informação até menos de uma semana atrás. Foi feito, ao longo do último final de semana, um trabalho de lavagem com alta pressão para eliminar a oleosidade normal quando se troca o asfalto e dar um bom nível de aderência para os pilotos, mas eles só vão saber mesmo qual a nova situação da pista na única sessão de treinos livres, na sexta-feira.
Isso porque trata-se de um final de semana de sprint, com a classificação para a corrida curta acontecendo logo depois do único treino livre. Então é esperado que, durante a sprint, importante para os campeonatos de pilotos e equipes porque dá pontos aos oito primeiros colocados, ainda será um grande experimento para times e pilotos.
Pode chover em todos os dias em Interlagos
Porém, outro fator pode complicar esse "experimento" para entender a aderência da pista: as condições climáticas. É sempre difícil prever com antecedência o que vai acontecer com o tempo na região de Interlagos pela proximidade das represas, mas há grandes chances de a chuva aparecer em algum momento nos três dias de atividades de pista. E, mesmo se não chover durante as sessões, cada vez que chove, o nível de aderência do asfalto muda.
Dentro de um contexto de muita competitividade entre as equipes, qualquer mudança pequena que seja já pode fazer a diferença. No momento, McLaren e Ferrari têm o melhor desempenho, com o time italiano sendo testado neste final de semana em curvas de média velocidade, depois de ir muito bem nos setores lentos de Austin e Cidade do México e mostrar que recuperaram parte do terreno nas curvas de alta.
Agressividade de Verstappen deve aparecer novamente
A Red Bull do líder do campeonato, Max Verstappen, não sabe o que é ter o melhor carro em um fim de semana desde o GP da Áustria, no final de junho. Mesmo assim, o holandês vem mantendo uma boa margem e está 47 pontos à frente de Lando Norris, da McLaren, que enfrenta uma situação complicada, pois seu time está liderando o mundial de construtores, mas tem perdido pontos para a Ferrari, segunda colocada, nas últimas provas.
Verstappen sabe que, para Norris, é importante pontuar bem também pela equipe, e o holandês tem usado isso para ser bastante agressivo com o rival. Tal agressividade lhe rendeu duas punições no GP da Cidade do México.
Em São Paulo, há a possibilidade de que Verstappen tenha que abrir caminho no pelotão depois de trocar seu motor e ser punido, perdendo posições no grid de largada por conta disso. Ele tem um motor a menos que os rivais diretos, e todas as suas unidades de potência já estão bastante usadas, por isso a equipe estuda qual a melhor solução. Como as ultrapassagens são comuns em Interlagos, é uma boa oportunidade para resolver esse problema.
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