Verstappen brilha em meio ao caos de Interlagos e coloca mão na taça
A primeira corrida que Max Verstappen ganhou desde a décima etapa do campeonato foi provavelmente aquela que era parecia ser a mais improvável delas: largando em 17º - de longe, o pior resultado do ano em classificações, mesmo descontando a punição pela troca de motor - ele se colocou em posição de aproveitar as chances que corridas malucas com chuva em Interlagos sempre dão.
"Minhas emoções foram uma montanha-russa. Dei muito azar com a bandeira vermelha na classificação. Largando em 17º, eu sabia que seria uma corrida muito difícil. Ficamos longe dos problemas, ficamos calmos e estávamos voando. Acho que isso resume tudo", disse o holandês, que venceu com 19s4 de vantagem.
O GP de São Paulo manteve a narrativa de todo o final de semana, com suas pitadas de caos e um resultado final que pode não ser exatamente o resultado final, com investigações pendentes. Houve dois procedimentos de largada, problemas incomuns, com pressões de pneu e piloto levando bandeira preta, corrida suspensa, outro Safety Car, e com duas Alpine no pódio, com Esteban Ocon em segundo e Pierre Gasly em terceiro.
Mas houve com uma certeza: concorde ou não com algumas das atitudes que Max Verstappen teve ao defender sua vantagem na frente do campeonato nas provas anteriores, ele está tirando tudo o que pode do equipamento da Red Bull. Aproveitou a troca de motor que a equipe decidiu fazer justamente para lhe dar mais potência nessa reta final da temporada.
Mais do que isso, dá para falar que ele colocou uma mão na taça do tetracampeonato. Lando Norris largou na pole e terminou em sexto, e viu a vantagem do rival aumentar para 62. Ou seja, para o campeonato não ser decidido em Las Vegas, Norris precisa descontar pelo menos três pontos dessa folga.
Como Verstappen foi de 17º a uma vitória por ampla margem
Saindo, efetivamente, de 15º (ele largou em 17º, mas com dois lugares vazios no grid, então com 14 carros a sua frente) e vendo seu rival mais próximo na luta pelo título de pilotos, Lando Norris, na pole position, Verstappen rapidamente se colocou entre os primeiros. Na segunda volta, estava em décimo. Na décima, conseguia uma importante ultrapassagem em cima de Oscar Piastri, companheiro de Norris. Charles Leclerc, como de costume se defendendo bem de Verstappen, custou mais tempo ao holandês, mas já tinha saído de seu caminho, parando nos boxes, quando uma bandeira vermelha mudou a história da corrida.
As equipes estavam vivendo um dilema a essa altura. Os pilotos reclamando dos pneus intermediários e os engenheiros vendo chuva pesada chegando no radar. Alguns pilotos já colocavam o pneu de chuva forte, o que, na F1 atual, tem significado que uma interrupção da corrida está por perto.
LAP 32/70: 🔴 RED FLAG 🔴
-- Formula 1 (@F1) November 3, 2024
With the Safety Car still circulating, Colapinto has crashed into the barriers 💥
The remaining drivers return to the pits #F1 #BrazilGP pic.twitter.com/hcakPrw9ZR
Mesmo assim, os líderes George Russell (que havia largado bem e pulado na frente) e Lando Norris pararam e colocaram pneus intermediários. A chuva que era vista no radar apareceu, quem estava com os intermediários começou a sofrer, e o argentino Franco Colapinto bateu forte.
A bandeira vermelha que Esteban Ocon, que tinha largado em quarto, Verstappen, que já era segundo com as paradas dos demais, e Gasly estavam esperando, já que eles poderiam ter, na prática, um pit stop grátis. A partir daí, seria uma questão de tempo para o holandês passar Ocon e ir mostrando sua facilidade em encontrar aderência nesse tipo de condição, abrindo vantagem.
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Enquanto isso, a corrida de Norris desmoronava, com as posições perdidas na bandeira vermelha, e depois uma saída de pista na última relargada. Pela segunda vez no fim de semana, seu companheiro Piastri teve que ceder passagem para tentar recuperar pelo menos uma pequena parte do prejuízo. Mas a lavada de Verstappen era a última coisa que o time que dominou quando a pista esteve seca poderia imaginar.
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