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Hamilton admite que pensou em deixar a Mercedes após GP ruim em Interlagos

O heptacampeão da Fórmula 1 Lewis Hamilton admitiu que pensou mesmo em não voltar a pilotar pela Mercedes quando cruzou a linha de chegada no GP de São Paulo, depois de um final de semana muito difícil e de um décimo lugar na prova.

Ele falou via rádio para a equipe que "se esta for a última vez que eu puder me apresentar, foi uma pena que não tenha sido ótimo, mas [sou] grato por vocês", mas o time minimizou os comentários na época e disse que ele se referia à equipe de mecânicos que faz os pit stops, com a qual não voltaria a atuar.

Mas isso foi desmentido pelo próprio Hamilton em Las Vegas nesta quarta-feira (20), nas entrevistas antes da 21ª etapa do campeonato, que será disputada neste fim de semana.

"Naquele momento foi assim que me senti, como se eu realmente não quisesse voltar depois daquele fim de semana", disse ele.

"Mas acho que isso é natural. É frustrante quando você tem uma temporada como essa, que tenho certeza de que não terei novamente, ou pelo menos trabalharei para não ter novamente. Não foi uma ótima sensação naquele momento, mas estou aqui, estou firme e vou dar absolutamente tudo de mim nessas últimas corridas."

Em seu ano de despedida da Mercedes, tendo assinado com a Ferrari antes mesmo de o campeonato começar, Hamilton é o sétimo colocado na tabela, sua pior posição em qualquer campeonato nos últimos 20 anos, e o pior resultado de sua carreira na Fórmula 1.

No Brasil, Hamilton foi décimo na corrida e 11º na sprint, e disse que nunca tinha sentido o carro tão ruim. Enquanto isso, seu companheiro George Russell, foi quarto na corrida.

Mas o piloto de 39 anos garantiu que a ideia de não terminar seu contrato foi apenas momentânea, e se disse motivado para as três últimas corridas da temporada.

Ele foi questionado em Las Vegas também sobre os comentários de seu chefe, Toto Wolff, em um livro recentemente publicado, sobre a importância de um chefe sentir qual o momento em que um piloto já passou de seu pico de desempenho, referindo-se a ele.

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"Honestamente, sinto-me no melhor lugar que já estive o ano todo mentalmente, e considerando o quão ruim foi a última corrida, acho que isso diz o suficiente. Ainda estou aqui, ainda lutando e vou continuar", disse Hamilton.

"Tenho uma equipe que realmente ainda amo, e mesmo que eu esteja saindo, quero ter certeza de que darei a eles o melhor que posso nessas próximas corridas. Se eles fornecerem um carro que queira permanecer na pista, então espero que tenhamos um resultado melhor."

Wolff depois disse que os comentários foram tirados de contexto, mas é fato que o contrato atual de Hamilton foi assinado com uma duração menor daquela pedida por ele e Wolff já tinha decidido que Kimi Antonelli seria seu sucessor. O plano era colocar o italiano no carro em 2026, mas teve de ser antecipado porque Hamilton, vendo-se sem espaço na Mercedes, se acertou com a Ferrari antes disso.

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