Red Bull com a asa errada e Hamilton preocupado apesar de liderar em Vegas
O primeiro dia de atividades de pista para o GP de Las Vegas trouxe algumas surpresas: a Red Bull esteve muito lenta nas retas durante as duas sessões, e a equipe depois admitiu que não tem a melhor configuração aerodinâmica para uma pista carregadas com trechos de aceleração máxima e vai ter que encontrar soluções com o que tem à disposição para diminuir essa desvantagem, que era de 7km/h, até a classificação, que será disputada a partir das 3h da madrugada deste sábado, pelo horário de Brasília.
Os mecânicos foram vistos desgastando a fibra de carbono da asa traseira para diminuir a resistência ao ar que ela estava gerando, e ajudar na velocidade de reta. Mas o time também tem a possibilidade de alterar a configuração da carroceria pois, diferentemente de outras equipes, eles têm dois estilos completamente diferentes e estavam usando aquele que gera mais carga aerodinâmica nos treinos que foram realizados na noite de quinta-feira em Las Vegas.
A configuração estava fazendo os carros perderem até 0s6 por volta, mas não explicam por que Verstappen foi o 17º colocado. Ele estava preparando sua simulação de classificação quando houve uma bandeira vermelha. No treino anterior, foi o quinto colocado. Ou seja, existe um déficit, mas ele não é tão grande quanto o resultado final do dia demonstrou.
Lewis Hamilton liderou as duas sessões de treinos livres, mas disse que há muito ainda para trabalhar no carro. Isso porque suas simulações de corridas foram as piores entre os carros de Ferrari, McLaren e Mercedes, indicando que a configuração que ele estava usando colocava muita energia nos pneus. Isso ajudava em uma volta lançada, mas era prejudicial em uma sequência de voltas.
Ir bem na corrida será importante em Las Vegas, a corrida que mais teve ultrapassagens ano passado. Neste cenário, a Ferrari aparece bem. Carlos Sainz e Charles Leclerc tiveram os melhores ritmos de corrida da quinta-feira, e só não apareceram mais à frente na tabela de tempos (foram quarto e quinto) justamente porque o carro da Ferrari sofre mais para colocar energia nos pneus, o que aparece em uma volta lançada.
A McLaren pareceu estar no meio do caminho. Lando Norris foi o segundo mais rápido do dia, mas saiu do carro preocupado pelo alto nível de granulação dos pneus dianteiros. É algo que tem a ver com a superfície da pista e também com as temperaturas baixas do asfalto. Fazia 11ºC na segunda sessão de treinos livres, que é disputada no mesmo horário da classificação e da corrida, então esse será um fator importante para os pilotos administrarem.
A configuração do carro ajuda a contornar isso, mas os pilotos também têm um papel fundamental no controle das temperaturas para fugir do chamado graining.
Tentando encontrar esse equilíbrio entre preparar o pneu bem para a classificação e evitar o graining na corrida em uma superfície com baixa aderência, mas que está melhorando rapidamente, e frio, os pilotos voltam à pista a partir das 23h30, pelo horário de Brasília, para a última sessão de treinos livres antes da classificação para a 22ª etapa do campeonato.
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