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Bortoleto sobre 1º teste: 'Estou analisando, observando, ouvindo muito'

Gabriel Bortoleto teve dias bem intensos com a disputa da etapa decisiva da Fórmula 2, na qual chegou com apenas meio ponto de vantagem. Conquistou o campeonato no domingo. Na segunda, passou o dia se reunindo com os engenheiros da equipe Sauber para se preparar para o primeiro teste com a equipe pela qual fará sua estreia na Fórmula 1 ano que vem no que seria somente a segunda vez dele em um carro da categoria.

Depois de 130 voltas ao longo de nove horas de teste, e mais uma hora e meia de reunião com os engenheiros e seu novo companheiro Nico Hulkenberg, o brasileiro de 20 anos falou com exclusividade com o UOL sobre suas primeiras impressões da equipe, dando detalhes de como foi seu programa ao longo do dia.

UOL Esporte: A cabeça, o corpo, tudo: após essas duas semanas que você passou, com decisão do título e agora o teste, o que está mais cansado?

Gabriel Bortoleto: Eu acho que eu preciso de uns dias em casa para descansar. Coisa que eu não vou ter porque eu já estou indo para o simulador agora. Mas estou bem feliz. Foi um dia bem positivo hoje aqui em Abu Dhabi. É óbvio que a gente veio de um final de semana bem intenso da Fórmula 2. Então eu já estava bem cansado.

Não tive tempo de recuperar, teve a premiação e tudo. Então esses dias têm sido bem intensos. Mas estou feliz que eu realizei meu primeiro dia na F2. Foi muito positivo. A gente deu bastante volta? F1, desculpa! Eu estou cansado e minha cabeça está explodindo. Mas é isso aí. Estou feliz. Não tem muito o que falar. Foi um dia positivo. A gente deu 130 voltas.

UOL Esporte: E como foi o seu programa?

GB: O programa ia mudando um pouquinho o acerto. Mais combustível, menos combustível. Foi um dia que você faz um pouco de tudo. De manhã a gente fez algumas saídas focando em performance. Depois a gente foi para testes aerodinâmicos. A gente ficou duas horas e meia fazendo esses testes. Coisas que não têm nada a ver com performance. Você só fica andando em uma velocidade exata que a equipe te passa.

E depois de tarde eu fiz algumas sessões de performance. Uma sessão meio que de simulação de corrida. Que não é muito uma simulação porque a gente não tinha tempo. Consegui passar pela primeira vez para os dois joguinhos de macio no final, o que é bem diferente. Mas acabei pegando uma bandeira vermelha ali. Que não ajudou muito a dar as voltas que eu queria. Acabou parando a sessão no meio. Mas pelo menos eu aproveitei bastante os pneus médios e duros hoje. E a gente estava bem confiante com o limite que eu estava sentindo com o carro e tudo.

UOL Esporte: É uma diferença gigantesca do carro da Fórmula 2. Para você, mesmo esse carro, que é o carro que só fez quatro pontos na temporada, é o melhor carro que você já pilotou na vida?

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GB: Com certeza. Mas conforme você vai pilotando, você vai achando os limites do carro. E lugares para melhorar. Obviamente que eu já percebi algumas coisinhas que tem que mudar. Mas estou confiante. Acho que a gente está na direção certa.

UOL Esporte: Depois você fez a reunião com a presença do Nico Hulkenberg também. Já deu para aprender um pouco com o jeito que ele se comunica com a equipe?

GB: Dá para ver que ele é um cara que tem muita experiência. Ele passa muita informação boa. E eu estou analisando, observando, ouvindo muito. E é um cara que pode me ensinar bastante. E ao mesmo tempo é um cara extremamente rápido. Então vai ser bem legal ser companheiro de equipe dele. E poder participar desse ano junto com ele.

UOL Esporte: E sobre a equipe, qual é a impressão? É uma equipe com um jeitão de trabalhar parecido com o que você tinha na Fórmula 2?

GB: Eu acho que a Fórmula 2 são poucas pessoas comparadas a uma Fórmula 1 da vida. Mas eu acho que é uma questão de adaptação. É diferente, é um estilo de trabalho diferente. Mas isso leva um pouquinho de tempo. E a gente vai entendendo como funciona aqui. Mas é uma equipe que trabalha bem. Tem bastante gente jovem aprendendo também, assim como eu. Então isso vai ser legal.

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