Emoção marcou as 5 despedidas da Mercedes que Hamilton teve em uma semana
Lewis Hamilton disse no domingo em Abu Dhabi, depois de sua última corrida pela Mercedes, que não tinha mais lágrimas para chorar depois de tantas homenagens e momentos emocionantes no fim de semana que marcou o fim da parceria mais longeva e mais vitoriosa da história da Fórmula 1. Mas tinha mais por vir: o britânico, que vai correr pela Ferrari a partir do ano que vem, fez uma verdadeira turnê de despedida na última semana, com direito a mais lágrimas derramadas.
De Abu Dhabi, Hamilton viajou para a Malásia para sua despedida dos funcionários da Petronas, parceira da Mercedes durante toda sua carreira pela equipe alemã.
"Vir aqui pela última vez como piloto da Mercedes trouxe muitas emoções. É triste por um lado, mas também é lindo poder celebrar tudo o que fizemos juntos. O apoio aqui cresceu ao longo do tempo e fiquei emocionado em poder ajudar com parte do trabalho incrível que a Petronas fez na comunidade; Plantamos manguezais, apoiamos o crescimento da universidade, inspiramos crianças em disciplinas de exatas e muito mais", celebrou Hamilton.
Depois, foi para a sede da Mercedes em Stuttgart, na Alemanha. Mas os momentos mais emocionantes, dos quais há vários registros das lágrimas de Hamilton, foram nas visitas às fábricas de Brixworth e Brackley, na Inglaterra. Foi de Brixworth que saíram os motores de todos os títulos de Hamilton na Fórmula 1, incluindo o primeiro pela McLaren em 2008. E, em Brackley, na sede da equipe de F1 da Mercedes, foram projetados e construídos os carros com que ganhou seis de seus sete títulos mundiais de pilotos.
Nestas duas homenagens, a Mercedes deixou expostos todos esses carros e também todos os troféus pelas 84 vitórias de Hamilton com a equipe. Numa tarde fria no inverno inglês, com garoa, as centenas de pessoas que trabalham no time estavam na saída da fábrica esperando a saída de Hamilton, com algumas cenas até incomuns para os inglês, com algumas pessoas correndo atrás do carro dele, que repetia o que já tinha feito no grid em Abu Dhabi e filmava sua despedida com o celular, enquanto enxugava as lágrimas.
"É isso. Depois de Abu Dhabi, depois de Kuala Lumpur e depois de Stuttgart, acaba aqui. Essa foi a minha casa. Para as milhares de pessoas que trabalham em Brackley e Brixworth, vocês foram amigos e companheiros de equipe e não posso agradecer o suficiente pelo trabalho duro e apoio. Foi algo real", publicou Hamilton em suas mídias sociais.
Do agora ex-chefe Toto Wolff, Hamilton ouviu que "se não pudermos ganhar, torcemos para que você ganhe".
Até porque ambos os lados já estão focando no próximo desafio. A Mercedes teve que deixar a porta aberta para a saída de Hamilton porque queria focar em Kimi Antonelli, italiano de 18 anos que fez uma preparação bastante abrangente ao longo deste ano para tentar compensar a pouca experiência de pista, com apenas quatro anos correndo com carros de fórmula.
E Hamilton já começou o trabalho com a Ferrari, ainda que não oficialmente, pois ele em teoria tem contrato com a Mercedes até 31 de dezembro. O britânico disse que não se interessou em buscar uma liberação para tentar participar do teste de pneus de 2025, como fizeram outros pilotos que trocaram de equipe, como Carlos Sainz, Esteban Ocon e Nico Hulkenberg, porque "andar com o carro vermelho pela primeira fez em um teste em Abu Dhabi não era uma coisa que me animava muito". Mas ele deixou claro que quer fazer algum tipo de teste antes da pré-temporada oficial da F1, no final de fevereiro.
A Ferrari tem a pista de Fiorano grudada à fábrica de Maranello, e o regulamento permite, a partir de janeiro, que Hamilton ande com o carro de 2023 de maneira ilimitada. Então não vai demorar para vermos o heptacampeão de vermelho.
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