Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Os quatro técnicos favoritos para assumir a seleção brasileira
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, viajará para o exterior na semana que vem, para assistir à semifinal do Flamengo no Mundial de Clubes. Em seguida, esticará o périplo até a Europa em busca de um nome de consenso para treinar a seleção brasileira. Nos bastidores da CBF, exclui-se qualquer possibilidade de Pep Guardiola, mantém-se a expectativa sobre Carlo Ancelotti e o nome de Jorge Jesus, considerado frágil há dois meses, aparece como uma possibilidade.
Neste momento, há quatro nomes em posição de vantagem: Luis Enrique, José Mourinho, Carlo Ancelotti e Jorge Jesus.
É cedo para ter certeza se algum deles será o escolhido. Muito cedo.
Mas é possível compreender o que há de favorável e contrário aos quatro nomes favoritos deste momento. Leia abaixo:
CARLO ANCELOTTI
O nome mais consensual, recordista de Champions League, único homem na história a ganhar os campeonatos da Itália, França, Espanha, Inglaterra e Alemanha, tem portanto a capacidade camaleônica de se adaptar a qualquer cultura. Mas já afirmou que não se mexerá do Real Madrid, a não ser que seja demitido. Ocorre que isto pode acontecer, se perder o Campeonato Espanhol desta temporada para o Barcelona e não vencer a Champions League nem o Mundial de Clubes. É improvável ter Ancelotti na seleção. Não impossível.
JOSÉ MOURINHO
Já recusou a seleção portuguesa, por seu compromisso com a Roma. Não parece provável sair do clube italiano para aceitar o convite do Brasil. Também não está em seu melhor momento de carreira. No passado, ganhou campeonatos em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha. Conhece o futebol do Brasil e os jogadores brasileiros. Sempre veio aqui procurar talentos. Já foi melhor.
LUIS ENRIQUE
Não é justo Felipão dizer que Luis Enrique não ganhou nada. Ganhou a Champions League, dois campeonatos espanhóis e levou a jovem seleção da Espanha à semifinal da Eurocopa. Daí a ser o treinador consensual no Brasil tem diferença. Até porque muita gente já gritou ao ouvir seu nome. Do ponto de vista tático, agregaria muito ao futebol brasileiro. Mas não é igual a Guardiola, embora tenha sido um de seus sucessores no Barcelona dos bons tempos.
JORGE JESUS
Seu nome era dado como improvável no início da corrida pela sucessão de Tite e um dos motivos apontados era a sequência de crises dentro do Flamengo, enquanto esteve lá. Por outro lado, jogadores que trabalharam com ele garantem que não houve outro técnico tão bom no Flamengo desde sua saída. No Brasil, talvez... Abel Ferreira, quem sabe. Mas o nome de Abel perde força a cada crítica pelo comportamento e Jorge Jesus volta à tona por sua capacidade de trazer respeito dos analistas, um olhar de que é ofensivo e uma modernidade que, de fato, não tem. Jesus é o mais empírico dos treinadores de Portugal.
Se nenhum destes nomes aceitar, Ednaldo Rodrigues voltará ao Brasil em busca de um nome forte aqui. Neste momento, o mais provável é que um destes seja o escolhido.
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