Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Champions em Istambul ameaçada outra vez?
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O epicentro do terremoto da Turquia aconteceu em Gaziantepe, a 1148 quilômetros de Istambul, para onde está agendada a final da Champions League, para 10 de junho. Mesmo assim, o drama de dois países, dos povos turco e sírio, exige ponderar se deve haver uma festa do futebol daqui a quatro meses.
A Uefa já informou ao repórter Bruno Andrade que a final está garantida e toda assistência será oferecida. De qualquer maneira, neste primeiro momento, a preocupação é com as vitimas.
Istambul foi palco de uma das finais mais espetaculares da história da Liga dos Campeões da Europa. Em 25 de maio de 2005, o Milan de Kaká e do técnico Carlo Ancelotti abriu 3 x 0 no primeiro tempo, com gols de Maldini e Crespo, duas vezes. O Liverpool empatou o jogo em 17 minutos, entre os 9 e 16 da segunda etapa, forçou a prorrogação e venceu nos pênaltis, graças às cobranças erradas de Serginho, Pirlo e Shevchenko.
A espetacular decisão foi a única em território turco.
O palco voltaria a ser Istambul em 2020, mas a pandemia de covid 19 fez a Uefa mudar a programação, levar os oito finalistas para Lisboa e realizar lá a decisão entre Bayern e Paris Saint-Germain.
A dívida com Istambul seria paga no ano seguinte, mas a Turquia entrou na lista vermelha do Reino Unido para turistas e isto produziu a mudança da finalíssima entre Chelsea e Manchester City para o estádio do Dragão, no Porto.
Pela terceira vez em quatro anos, a finalíssima da Champions League está marcada para Istambul.
Não há, ainda, nenhum sinal de mudança.
Mas a prioridade é a vida, no momento em que a Turquia tenta socorrer as vítimas do terremoto na fronteira com a Síria.
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