Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
O Flamengo e a memória de quando a América atacava no Mundial de Clubes
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A América do Sul tinha 20 títulos quando Jean Marc Bosman ganhou a sentença na corte europeia que, na prática, extinguiu o limite de estrangeiros dos clubes da Europa. Até dezembro de 1995, a Europa tinha só 13.
Desde então, são 22 taças para os europeus, apenas seis para os sul-americanos.
O mundo era diferente não apenas porque jogadores nascidos em países da Comunidade Econômica Europeia não tinham liberação para jogar em outros que pertencessem também ao Mercado Comum. A conquista de Bosman foi essa, a de equiparar cidadãos de quaisquer profissões. Se um arquiteto belga podia trabalhar na França, por que um jogador não poderia?
Na prática, isto extirpou qualquer chance de a América do Sul competir com os europeus em competições de clubes. Ramón Díaz, atual técnico do Al-Hilal, rival desta tarde do Flamengo, é testemunha ocular deste fato. Dirigiu o River Plate, primeiro vice-campeão mundial depois da sentença Bosman, derrotado por uma Juventus que alinhava cinco não italianos — o croata Boksic, o iugoslavo Jugovic, o uruguaio Montero, e os franceses Deschamps e Zidane.
O River Plate tinha apenas Francescoli, uruguaio admirado por Zidane a ponto de fazer o craque campeão mundial de 1998 batizar seu filho com o nome de Enzo.
Bons tempos em que a América tentava atacar.
Era assim quando Zico, Nunes e Adílio atropelaram o Liverpool, campeão em três das cinco Ligas dos Campeões anteriores à decisão da Copa Intercontinental de 1981. Pois o Flamengo também atacou o outro Liverpool, de Jurgen Klopp. Teimosamente foi à grande área rival, teve chance de ganhar ou de empatar com Lincoln, depois do gol marcado por Firmino para os clubes ingleses.
Um gol brasileiro tirou o título de um clube do Brasil, há quatro temporadas.
Agora, o Flamengo atacará o Al-Hilal, mesmo sabendo que merecem respeito atacantes como o malinês Marega e o nigeriano Ighalo, com passagens pelo Porto e Manchester United, respectivamente.
A pergunta é se Vítor Pereira também tentará atacar o Real Madrid, no sábado, se o confronto acontecer, como se imagina.
O Flamengo ainda pode trazer à memória o tempo em que a América do Sul vencia e, mais, atacava os rivais da Europa no Mundial de Clubes.
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