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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

A grande crise do futebol da América do Sul

Colunista do UOL

08/02/2023 04h00

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Messi é um caso à parte. Graças a ele, o futebol sul-americano evitou uma sequência inédita de cinco Copas do Mundo seguidas vendo a Europa comemorar o título. Houve jogadores importante na conquista no Qatar, como o jovem Enzo Fernández, recém-contratado pelo Chelsea, de Libertadores recentes disputadas pelo Defensa y Justicia e River Plate. Mesmo assim, a Argentina realizou a pior campanha de um campeão, com dois empates e uma derrota em sete partidas.

Não está nas seleções, no entanto, a evidência de crise sul-americana. O Mundial de Clubes é que a escancara.

A derrota do Flamengo para o Al-Hilal faz gritar as seis eliminações nas semifinais, com apenas quatro títulos em 19 torneios.

Quatro troféus e seis eliminações precoces contra times de seis países diferentes. Vexames contra equipes do Congo, Marrocos, Japão, Emirados Árabes, México e Arábia Saudita.

Há uma crise de identidade do futebol sul-americano, por vender muito cedo seus maiores talentos e ficar com o que nos resta. Pela primeira vez na história, uma Copa do Mundo teve gol de apenas um jogador com atuação na América do Sul. Houve três gols de jogadores de Campeonato Croata: Livaja, Orsic e Bruno Petkovic marcaram.

Houve erro de planejamento do Flamengo. A mudança de técnico fez diferença. Começar um novo trabalho um mês antes da viagem pode ter atrapalhado. Mas há outras ponderações a fazer.

A América do Sul não pode se conformar em um terço das edições do Mundial de Clubes.