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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

O restou para o resto do Barcelona

Lewandowski agradece torcida do Barcelona após partida contra o Manchester United, pela Liga Europa. - OLI SCARFF/AFP
Lewandowski agradece torcida do Barcelona após partida contra o Manchester United, pela Liga Europa. Imagem: OLI SCARFF/AFP

Colunista do UOL

24/02/2023 11h31

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As últimas quatro temporadas do Barcelona confirmam a decadência.

Especialmente na Europa.

Depois da humilhação dos 8 x 2 para o Bayern, nas quartas-de-final da Liga dos Campeões de 2020, em Lisboa, vieram a desclassificação nas oitavas-de-final de 2021, para o Paris Saint-Germain, e duas eliminações na fase de grupos, contra Bayern e Benfica, em 2022, Bayern e Internazionale, nesta temporada.

A terceira posição ofereceu a Liga Europa como prêmio de consolação e também suprema humilhação. Na temporada passada, queda nas quartas para o Eintracht Frankfurt, cuja torcida invadiu o Camp Nou, aproveitando os ingressos destinados para turistas e sócios ausentes. Nesta, a virada contra o Manchester United, depois da ilusão de um bom primeiro tempo em Old Trafford.

Entre a temporada 2007/08 e 2019/20, o Barcelona sempre chegava às quartas-de-final da Champions, no mínimo.

O declínio é como clube, do mais moderno ao mais corrupto do planeta, apesar dos esforços para voltar à normalidade na gestão Joan Laporta, depois de Sandro Rossell e Josep Maria Bartomeu.

O mais poderoso ataque das décadas de 2000 e 2010 tem a defesa mais sólida da Espanha como ponto de honra. A liderança da Liga Espanhola com oito pontos de distância para o Real Madrid pode dar o título mais importante desta temporada, depois de ganhar também a Supercopa, num clássico vencido por 3 x 1, na Arábia Saudita. São apenas sete gols sofridos em 22 rodadas.

A conquista do Barcelona, no campeonato, não evitará a impressão de declínio na Europa.

Será até mais simbólica para a Liga, do que para o Barça. Porque significará a primeira vez, desde 2002, em que três temporadas terão três campeões diferentes na Espanha. Deportivo La Coruña, Real Madrid e Valencia, nos três primeiros torneios depois da virada do século. Atlético, Real Madrid e Barça entre 2020 e 2022.