Vasco destaca importância técnica de Andrey, mesmo por pouco tempo

O Vasco faz questão de afirmar que seu grande interesse no empréstimo de Andrey Santos, jogador vendido ao Chelsea em janeiro, é pelo acréscimo técnico que pode dar ao elenco. Mesmo que também seja uma demonstração de grandeza a contratação de um jogador que o Palmeiras tentou conseguir, e desistiu pelas condições impostas pelo Chelsea, o Vasco quer o jogador pela qualidade que oferecia ao meio de campo no ano passado e poderá voltar a oferecer.

Não tem nada a ver com demonstração de força no mercado, é o que pensam os dirigentes cruz-maltinos.

O Palmeiras entende que o empréstimo até 31 de julho, sem possibilidade de estender até dezembro, e com um período de 40 dias de ausência para Andrey disputar o Mundial Sub-20, torna o negócio ruim. Foi por isso que saiu da mesa com o Chelsea. Andrey passaria no máximo 115 dias na Academia de Futebol. Quando se adaptasse, estaria na hora de voltar para a Inglaterra.

Além disso, Gabriel Menino firma-se como titular da posição, ao lado de Zé Rafael. De fato, o negócio é de qualidade questionável.

Para o Vasco, não. Primeiro porque Andrey já conhece o ambiente de São Januário e boa parte dos colegas de equipe. Segundo, porque o elenco vascaíno não tem tanto talento e certamente Andrey jogará durante o período em que se mantenha no Rio de Janeiro, mesmo que por apenas 115 dias.

Nada está fechado. O Chelsea senta-se à mesa com o Vasco, por um acerto da direção, em especial do CEO Luiz Mello, que percebeu a possibilidade de Andrey não conseguir o visto de trabalho, por ter jogado apenas a Série B do Brasileiro no ano passado. Ao ouvir do Chelsea que não haveria problema para a permissão profissional, solicitou que fosse incluída uma cláusula segundo a qual o Vasco teria de ser consultado, em caso de empréstimo para o mercado brasileiro: "Já que vocês não têm dúvida, não custa nada colocar a cláusula", pediu o CEO Luiz Mello.

O Chelsea atendeu à solicitação. É por isso que Andrey tem chance de jogar em São Januário até o dia 31 de julho. Na visão dos dirigentes londrinos, por mais nenhum dia.