Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Neymar tem números assustadores no Paris Saint-Germain
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Não está em questão se Neymar deve ou não continuar na seleção brasileira. Em princípio, deve. É importante a passagem de uma geração a outra, como aconteceu de Didi para Pelé, de Pelé para Rivelino, deste para Zico, de Romário para Ronaldo.
Ninguém passou o cetro para Neymar, porque Ronaldinho e Adriano desistiram de suas carreiras em alto nível.
Neymar não desistiu. As lesões é que podem provocar isto.
Ainda que se saiba e muita gente da CBF diga que Neymar nunca maltratou seu corpo, nem o tratou como Messi e Cristiano Ronaldo cuidam.
Ou seja, nunca abriu mão das festas e das noitadas de pôquer com as quais sente prazer.
A conta chega e a sequência de lesões podem ser parte disto.
O tornozelo está para Neymar assim como o calcanhar está para Aquiles, na mitologia grega.
A sequência de problemas físicos faz o diário francês L'Equipe publicar a capa "La blessure san fin" — A lesão sem fim. Os números publicados pelo jornal são estarrecedores.
Desde sua chegada a Paris, em 2017, Neymar participou de 173 partidas e não jogou 130. Quer dizer que ficou de fora de 43%
Em sua primeira temporada, o Paris Saint-Germain conquistava 87% dos pontos com Neymar e 68% sem ele. Mbappé já estava no elenco.
Nesta temporada, 69% com o brasileiro, 88% sem ele. Já foi pior. Ano passado, 57% com Neymar, 73% sem ele.
Neymar pode recuperar-se e ter mais quatro ou cinco temporadas em bom nível. Com menos festas e sem madrugadas de pôquer, talvez em ótimo nível. Talvez nunca com a qualidade que já se viu e que dele sempre se esperou.
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