Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Os detalhes e os palpites de cada grupo da Libertadores
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O grupo mais fácil é o H, do Olimpia e Atlético Nacional, dirigido pelo brasileiro Paulo Autuori. Só é fácil porque tem um time da segunda divisão argentina, campeão da Copa de seu país, o Patronato, que perdeu seu treinador para o Cerro Porteño.
E porque tem o Melgar, do Peru, que eliminou o Internacional da Copa Sul-Americana, mas que se deu mal quando enfrentou Palmeiras e Atlético em edições recentes da Libertadores.
O jogo mais difícil é Independiente del Valle x Corinthians, mais do que River Plate x Fluminense. Retrospecto não ganha jogo, mas o Corinthians já foi eliminado de Sul-Americana pelo atual campeão da Recopa e o Fluminense ganhou do River, em 2021, em Buenos Aires.
Abaixo, a análise dos oito grupos:
GRUPO A
FLAMENGO, RACING, AUCAS E ÑUBLENSE
A viagem para o sul do Chile é chata e para o Equador mais ainda. Mas o rival difícil é o Racing, do técnico Fernando Gago e do meia Jonatan Gómez, ex-São Paulo. Atual quarto colocado do Campeonato Argentino, quatro pontos abaixo do River Plate. O Ñublense costuma jogar no 3-5-2 e foi vice-campeão chileno no ano passado. O Aucas é o campeão do Equador. Mesmo assim, é provável que as viagens incomodem mais do que os adversários.
PALPITE - Flamengo em primeiro, Racing em segundo
GRUPO B
NACIONAL, INTERNACIONAL, METROPOLITANOS E MEDELLÍN
O Nacional é o cabeça de chave e ocupa a terceira posição de seu Campeonato, no Uruguai. Demitiu seu treinador, Ricardo Zielinski, depois de apenas sete partidas, e trouxe de volta Alvaro Gutiérrez. Mas já ganhou final do Internacional, em 1980. O Metropolitanos, campeão venezuelano, estreia na Libertadores e não impõe medo. O Medellín, sim. Foi o time de Germán Cano, na Colômbia, Tem o bom atacante Pons como risco para a defesa colorada. O Internacional é o favorito da chave.
PALPITE - Internacional em primeiro, Medellín em segundo
GRUPO C
PALMEIRAS, BARCELONA, BOLÍVAR E CERRO PORTEÑO
Fabián Bustos voltou para o Barcelona de Guayaquil, depois de ser demitido pelo Santos. Sua equipe não está bem e ocupa apenas a 12ª colocação do Campeonato Nacional. Mesmo assim, exige respeito. Desde que a Libertadores passou a ser disputada no ano todo, o Barcelona foi o único semifinalista, fora brasileiros e argentinos. O Bolívar é dirigido pelo espanhol Beñat San José, ex-Real Sociedad. Time do grupo City, joga no 3-2-5 com bola no pé. O Cerro é time cínico, típico de Libertadores. O rival mais forte do grupo. As viagens longas podem atrapalhar o Palmeiras em outras competições, como o Brasileiro.
PALPITE - Palmeiras em primeiro, Cerro Porteño em segundo
GRUPO D
RIVER PLATE, FLUMINENSE, THE STRONGEST E SPORTING CRISTAL
O River Plate passa por reforma, agora sob o comando do técnico Martin Demichelis, ex-zagueiro do Bayern e da seleção argentina. É o líder de seu campeonato nacional. Quando parecia mais forte, em 2021, o River foi derrotado pelo Flu dentro da Argentina. Isto pode se repetir. O Strongest joga no 4-2-3-1, dirigido por Ismael Rescalvo, o mesmo que venceu o Flamengo em 2019, contra Jorge Jesus. O Sporting Cristal eliminou o Huracán, feito importante para o brasileiro Tiago Nunes, treinador da equipe peruana. Os favoritos são Fluminense e River Plate.
PALPITE - Fluminense em primeiro, River Plate em segundo
GRUPO E
INDEPENDIENTE DEL VALLE, CORINTHIANS, ARGENTINOS JUNIORS E LIVERPOOL
O Independiente del Valle é campeão da Copa Sul-Americana, mantém sua base, dirigida pelo mesmo treinador Martin Anselmi, Venceu o Flamengo na Recopa e é o melhor time da chave. O Argentinos Juniors, 13º colocado em seu país, é dirigido pelo ex-zagueiro Gabriel Milito. Em tese, é a terceira força do grupo, à frente apenas do Liverpool, sexto colocado do Uruguai e time do lateral paraguaio Samudio, ex-Cruzeiro.
PALPITE - Independiente del Valle em primeiro, Corinthians em segundo
GRUPO F
BOCA JUNIORS, COLO-COLO, MONAGAS, DEPORTIVO PEREIRA
O Boca Juniors não é sombra do time que venceu seis vezes a Libertadores. Não chega à final desde 2018, não joga semifinais desde 2020, não ganha o torneio desde 2007. Mas é favorito da chave, mesmo sabendo que haverá viagens longas, a Maturín, na Venezuela, para enfrentar o Monagas, e à região de Manizales, para enfrentar o Pereira. Acontece que o Pereira, vice-campeão nacional, está em 13º na Colômbia, o Colo-Colo em oitavo no Chile, e o Monagas é vice-líder da Venezuela. Vai, Boca!
PALPITE - Boca Juniors em primeiro, Colo-Colo em segundo
GRUPO G
ATHLETICO PARANAENSE, LIBERTAD, ALIANZA LIMA E ATLÉTICO MINEIRO
O melhor time da chave é o Atlético Mineiro, mas não está jogando bem. O Athletico Paranaense tem a mais longa série invicta do país, com 17 jogos sem derrotas. Este é o grupo mais difícil da LIbertadores, por causa da longa viagem para jogar contra o Alianza, terceiro colocado do campeonato peruano, com a mesma pontuação do líder, Universitario. Principalmente porque o Libertad é o primeiro colocado do Paraguai e é bem dirigido por Daniel Garnero, antigo meia do Independiente, bicampeão da Supercopa Libertadores de 1994 e 1995. Todo cuidado é pouco contra o rival paraguaio.
PALPITE - Atlético Mineiro em primeiro, Athletico Paranaense em segundo
GRUPO H
OLIMPIA, ATLÉTICO NACIONAL, MELGAR E PATRONATO
Esta é a chave mais tranquila, para o Olimpia, que recentemente trocou o técnico Julio Cáceres por Diego Aguirre, e para o Atlético Nacional, do brasileiro Paulo Autuori. O Melgar é o penúltimo colocado no Peru e o Patronato é campeão da Copa Argentina, mas perdeu seu técnico Facundo Sava e não tem dinheiro para montar uma boa equipe para a Libertadores. Seu objetivo é o acesso e, mesmo nessa campanha, ocupa a 14ª colocação.
PALPITE - Atlético Nacional em primeiro, Olimpia em segundo
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