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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Rogério Ceni cai mesmo com vitória

Colunista do UOL

19/04/2023 14h48

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O São Paulo anunciou nesta quarta-feira a saída de Rogério Ceni.

Caso raro no futebol brasileiro, mas não inédito, Rogério é demitido depois de vencer um jogo.

Como foi anunciado neste espaço há dois dias, ele corria este risco.

A pergunta anterior era se poderia ser demitido antes do jogo contra o Puerto Cabello.

A resposta era não, não podia. Fazer a pergunta certa ajudou a elucidar o caso: "e se ganhar, mesmo assim pode sair?"

Sim, pode.

A pergunta certa levará à resposta certa na maior parte das vezes.

Daí o Uol ter acertado. Com tristeza, o acerto.

Porque Rogério Ceni pode ser um bem para o futebol do Brasil. Ninguém lhe nega a capacidade de trabalho, a criatividade, os bons treinos. Até os que afirmam que ele se impõe pelo medo, reconhecem que o medo se vai, mas há trabalho depois disso. Bom trabalho.

Pode faltar a Rogério a capacidade de liderar jogadores que podem vir a ser maiores do que ele.

O mito, o ídolo, sempre existirá.

Mas Rogério só será o técnico mais brilhante do Brasil, como ele pode vir a ser, se souber tirar o máximo de quem pode ser o ídolo da próxima geração.

Se o diagnóstico está certo ou errado, só Rogério Ceni poderá dizer, refletindo sobre sua segunda passagem pelo São Paulo.

Foram 106 jogos, 49 vitórias 28 empates, 29 derrotas, 156 gols marcados, 107 sofridos.

Nem o gol de Marcos Paulo serviu para salvar esta passagem.