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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Luxemburgo estreia em sua nona Libertadores e primeira pelo Corinthians

Vanderlei Luxemburgo e Danilo, durante treino do Corinthians - Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Vanderlei Luxemburgo e Danilo, durante treino do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Paulo Vinicius Coelho (PVC)

Colunista do UOL

02/05/2023 04h00

Vanderlei Luxemburgo estreou como técnico em Libertadores pelo Flamengo, em 1991.

Viveu uma exibição de glória contra o Corinthians. Tenebrosa pela violência, a noite das garrafadas no Pacaembu teve vitória rubro-negra por 2 x 0, gols de Gaúcho e Wilson Mano (contra), diante de apenas 18 mil corintianos, que invadiram os bares e atiraram garrafas para o gramado.

Aquela campanha terminou nas quartas de final, com vitória do Flamengo sobre o Boca Juniors por 2 x 1, no Maracanã, e derrota por 3 x 0, em La Bombonera.

Luxa voltaria ao torneio em 1994, como técnico do Palmeiras e a convicção geral de que seria o próximo técnico do Brasil a ganhar o torneio, depois de Telê Santana.

Não foi. Aquela edição terminou nas oitavas de final, derrota para o São Paulo de Telê, com dois gols de Euller, três dias depois de voltar de uma excursão à Rússia e ao Japão.

Da certeza de que seria vencedor até hoje, Luxemburgo viu técnicos improváveis ganharem o torneio sul-americano antes dele próprio: Felipão, Paulo Autuori, Antônio Lopes, Abel Braga, Celso Roth, Muricy Ramalho, Tite, Cuca, Renato Gaúcho e Dorival Júnior, sem contar Jorge Jesus e Abel Ferreira.

O mais longe de Vanderlei Luxemburgo foram as semifinais de 2007, eliminação contra o Grêmio, de Mano Menezes, graças a um gol gremista como visitante.

Dirigiu também em 2004, só os dois primeiros jogos pelo Cruzeiro, antes de ser dispensado.

Em 2012, só os dois jogos da primeira fase, contra o Real Potosí, antes de ser demitido pelo Flamengo.

Em 2013, levou o Grêmio até as oitavas, ganhou o primeiro jogo na Arena por 2 x 1 e já estava fora, quando Roger Machado orientou em Bogotá e os gremistas foram eliminados com derrota por 1 x 0.

Em 2020, os cinco primeiros jogos antes de cair no Palmeiras, apesar de invicto na Libertadores, mais tarde vencida por Abel Ferreira.

Completou só mais uma campanha, além de 1991, 1994 e 2007. Em 2009, pelo Palmeiras, caiu nas quartas de final contra o Nacional, de Montevidéu, também pelo gol como visitante marcado pelos uruguaios no Parque Antarctica.

Nunca dirigiu uma partida do Corinthians em Libertadores.

Nesta terça-feira, na Neo Química Arena, será sua primeira vez.