Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Seleção Brasileira precisa ser tratada com mais cuidado
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A CBF prepara uma viagem relâmpago de Ramon Menezes, que sairá da Argentina, para anunciar no Rio de Janeiro, em entrevista coletiva, a convocação da seleção brasileira para os amistosos contra Guiné e Senegal.
Nada faz sentido nesta tentativa da confederação.
O primeiro erro é fazer a seleção jogar mais duas vezes, antes de ter o técnico principal.
A CBF acredita ainda em ter Carlo Ancelotti. Então, espera.
Não se pode novamente colocar a marca e o prestígio da seleção brasileira em duas partidas que servem apenas para cumprir compromissos comerciais. Sem técnico, não se inicia o trabalho para a Copa do Mundo e, portanto, não há razão técnica para os amistosos.
Além disso, jogar contra Guiné e Senegal pode arriscar mais ainda a visão internacional sobre uma seleção que, pela primeira vez em sua história, foi derrotada duas vezes seguidas por rivais da África, Camarões na Copa do Mundo, Marrocos sob o comando de Ramon Menezes, em março.
O terceiro absurdo foi apontado pelo colunista Martín Fernández, em sua coluna no jornal O Globo. A seleção jogará na Espanha, país em que Vinicius Junior foi vítima de dez episódios de racismo nos últimos nove meses. A seleção não está montada, não tem técnico, joga apenas para cumprir compromissos comerciais e ainda se colocará em exposição na Espanha.
Como prêmio, o Brasil venderá ingressos para jogar numa das cidades que hostilizaram Vinicius Júnior, o melhor jogador brasileiro da atualidade.
O quarto erro é tirar Ramon Menezes de sua folga, na Argentina, viajar ao Brasil e tirá-lo da concentração durante o Mundial Sub-20.
A seleção brasileira não está recebendo o cuidado que precisa receber.
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