Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Vasco tenta minar dirigente em briga que explica resistência à SAF
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Conselheiros do Vasco investigam se CEO era sócio do Flamengo, quando assumiu a direção do clube.
A notícia publicada pelos repórteres Bruno Braz e Alexandre Araújo dá noção de como os velhos conselheiros não entenderam o que deve mudar com a SAF. O clube agora tem dono e ninguém deve ter mais voz para discutir vaga na garagem.
Ainda que esteja escrito no estatuto da criação da SAF do Vasco que dirigente não pode ser sócio de outro clube, esta questão é absolutamente irrelevante e levantada apenas pela fase de derrotas.
Flávio Costa foi o técnico do Expresso da Vitória, o maior time da história do Vasco, e era rubro-negro. Jogador e sócio do Flamengo até o final da vida. Abel Braga é diretor técnico e tricolor. Roberto Dinamite chegou a São Januário quando era botafoguense.
Luiz Mello não tem de ser vascaíno. Tem de ser competente.
O Brasil polarizado polarizou até o projeto da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Tudo agora é a SAF. Se o Vasco vai mal, culpa da SAF. Se o Botafogo vai bem, mérito de Luís Castro.
Tudo foi mal nos últimos vinte anos, Não havia SAF.
SAF não é o prefixo de safar-se, nem de safado. .
Como nas Sociedades Anônimas Deportivas (SAD) da Espanha, em que Valencia, Sevilla e Atlético de Madrid chegaram à beira da falência, recuperaram-se e voltaram a viver crises, em que numa mesma temporada o Sevilla luta para não cair e ganha a Liga Europa, vai haver diversas experiências com as SAFs.
Algum clube pode falir e desaparecer.
Outro pode ser campeão e voltar a ser potência.
Outro pode se estabelecer no bloco intermediário. Alguém vai se tornar time elevador, que sobe num ano e desce no outro.
Como o Vasco vem sendo desde 2008. Sem ser empresa.
A SAF não é solução, nem problema.
É um modelo de gestão, em que o dono do clube decide o que fazer, sem influência do Conselho Deliberativo.
O Vasco ainda não conseguiu se livrar da velha política, nem se transformando em empresa e excluindo do quadro decisório os velhos conselheiros dispostos a debater a importância da vaga na garagem.
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