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Coluna do PVC

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Brasil contra racismo vence com quatro gols de craques negros

Jogadores do Brasil comemoram gol de Joelinton no amistoso contra a Guiné - Pau Barrena/AFP
Jogadores do Brasil comemoram gol de Joelinton no amistoso contra a Guiné Imagem: Pau Barrena/AFP

Colunista do UOL

17/06/2023 18h51

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O estádio do Espanyol aqui está catalogado como palco racista, porque o amigo de Vinicius Junior, Felipe Silveira, foi alvo de manifestação ostensivamente preconceituosa em sua chegada ao Cornelà El-Prat. O segurança, na catraca de entrada, apontou uma banana e afirmou ser sua arma. Contra a discriminação, a seleção brasileira do técnico interino Ramon Menezes utilizou dribles e inteligência como argumentos.

Não foi um jogo espetacular, mas sim especial.

Por ser uma vitória anti-racista com quatro gols de jogadores negros.

O primeiro caprichosamente marcado por Joelinton, no rebote do toque de Casemiro, depois de cobrança de falta de Rodrygo.

O atacante do Real Madrid marcou o segundo, finalizando com incrível competência na saída do goleiro Koné

Guiné diminuiu em erro de Marquinhos, que não subiu e permitiu o cabeceio do centroavante Guirassy, do Stuttgart.

No segundo tempo, o Brasil trocou o uniforme todo preto, inédito, pela tradicional amarela com calções azuis e meias brancas.

O futebol seguiu orgulhosamente negro. O terceiro gol marcado por Militão, de cabeça, após cobrança de escanteio curto e cruzamento de Paquetá.

A cena do jogo foi Casemiro entregando a bola a Vinicius Junior, para que cobrasse o pênalti que resultou no placar definitivo de 4 x 1.

Vinicius precisava deixar sua marca.

O Brasil deixou a sua.

Ganhou por 4 x 1 e, contra o racismo, deixou quatro gols de craques negros como marcar.