Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Vila Belmiro, um ano depois... Sensação de impunidade move o crime
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Gabriel Andrade dos Santos foi expulso do quadro de sócios do Santos, levado à delegacia, obrigado a comparecer ao Batalhão da Polícia de Santos por um ano, depois de ter invadido o gramado da Vila Belmiro e agredido o goleiro Cássio, do Corinthians.
Tudo isto aconteceu a partir do clássico Santos 1 x 0 Corinthians, em 13 de julho de 2022.
Que dia é hoje?
Não faz um ano e outra cena criminosa aconteceu no mesmo gol à esquerda das tribunas da Vila Belmiro.
A Justiça até fez o que podia, neste caso. Pela legislação, reforçada pela Lei Geral do Esporte, o invasor responde ao processo em liberdade. Gabriel Andrade dos Santos perde a primariedade ao final do processo. O Santos ainda tem um jogo com portões fechados a cumprir, pela ridícula pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) — dois jogos de Copa do Brasil sem acesso de torcedores.
Em fevereiro, a Torcida Jovem divulgou manifesto contra a violência: "A Diretoria da Torcida Jovem do Santos, vem informar a todos os associados que a partir de hoje está proibido qualquer ato de violência contra qualquer torcida organizada no Estado de São Paulo. O associado que não cumprir com a determinação será responsabilizado dentro e fora do estatuto"
Como assim, a partir de hoje? Antes era permitido por lei? Ah, e só contra outras outras torcidas. Contra o próprio Santos pode?
Isto é ridículo!
A sensação de impunidade produz mais e mais crimes. Cesar Saad, da delegacia do futebol, diz que os torcedores que atiraram fogos de artifício para dentro do gramado da Vila, na quarta-feira (21), poderão ser incluídos em "associação criminosa." Única forma de tentar aumentar o rigor das punições.
Faz trinta anos que se prega no deserto de civilidade que virou este país.
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