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Palhinha do Cruzeiro, do Corinthians, do Atlético e das tabelinhas

A tentação de quem viveu em São Paulo no final da década de 1970 é lembrar-se das tabelinhas.

Sócrates para Palhinha, para Sócrates, pra Palhinha... Ih que gol...

Osmar Santos narrava assim, fosse no Corinthians 3 x 0 Palmeiras, de 1979, fosse na decisão do primeiro turno de 1978, contra o Santos, em que o Doutor deu de calcanhar e Palhinha sofreu pênalti do goleiro Vítor, do Santos.

Dizia-se que Sócrates e Palhinha reviviam as tabelinhas de Pelé e Coutinho.

O craque Vanderlei Eustáquio de Oliveira mudou o nível do Corinthians, em 1977, ao ser contratado do Cruzeiro.

Porque era o Palhinha campeão da Libertadores em Belo Horizonte. O maior goleador de uma única edição de Libertadores, com os 13 gols marcados na edição de 1976, com Cruzeiro campeão — só em 2000, Luizão, do Corinthians, superaria esta marca.

Palhinha estreou pela seleção em 1975, quando ainda era jogador do Cruzeiro, e Osvaldo Brandão era o treinador, o mesmo que o levou para o Parque São Jorge dois anos depois.

Marcou de nariz o gol da vitória por 1 x 0 contra a Ponte Preta e foi difícil, por anos, convencer este homem, menino em 1977, de que Palhinha ficou fora dos dois jogos seguintes, das finais, por distensão muscular. Parecia ter quebrado o nariz ao fazer o heróico primeiro gol das finais.

Palhinha consagrou as tabelinhas dos anos 1970, ganhou também o título paulista de 1979 pelo Corinthians,

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No ano seguinte, o presidente do Atléico, Elias Kalil, levou-o a Belo Horizonte para montar o melhor elenco do futebol brasileiro, junto com Reinaldo, Toninho Cerezo, Éder, Luizinho e João Leite. Foi tri e tetracampeão mineiro pelo Galo. Não conseguiu ganhar o Brasileiro, perdido para o Flamengo, no Maracanã. O rubro-negro tinha mais time. Naquela decisão, não possuía mais elenco.

Palhinha ainda jogou no Santos e no Vasco, onde ganhou o título carioca de 1982, na reserva.

Às vésperas da semifinal da Copa do Brasil de 2014, recebeu este colunista em sua residência, em Belo Horizonte.

Gentileza profunda, craque eterno.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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