Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Renato Augusto muda o Corinthians e o destino da Copa do Brasil

No início da tarde, um boato chegou à concentração do São Paulo.

Renato Augusto estaria fora do jogo.

Serviu para colocar em alerta quem pudesse checar a informação.

De dentro da concentração corintiana, não veio nenhuma notícia sobre Matías Rojas, que terminou ficando fora, por lesão.

Mas veio a certeza: Renato Augusto estava bem.

Como estava.

Renato Augusto muda o Corinthians e pode ter mudado o destino da semifinal da Copa do Brasil.

O São Paulo foi melhor durante quase todo o jogo, exceto quando Renato Augusto tocou na bola.

Aos 32 do primeiro tempo, a primeira finalização no alvo foi do camisa 8 corintiano.

Continua após a publicidade

Aos 2 da segunda etapa, depois de 45 minutos insossos, Renato Augusto aproveitou o toque de Maycon e chutou de fora da área: Corinthians 1 x 0. O São Paulo era melhor, como equipe. O melhor jogador em campo era o herdeiro da camisa de Sócrates, no Corinthians, e de Zico, no Flamengo.

Pablo Maia tinha de persegui-lo e fazia bem na maior parte da partida.

O Tricolor empatou, gol contra de Cássio, com o pé esquerdo que tocou na bola no retorno da trave, depois do chute de longe de Luciano.

O time de Dorival Júnior seguiu melhor. Mais posse de bola, mais finalizações, mais controle do meio-de-campo.

Exceto quando Renato Augusto encostava na bola.

Importante salientar que Vanderlei Luxemburgo teve coragem. Pensava-se no Corinthians com três zagueiros.

Continua após a publicidade

Luxemburgo montou meio-de-campo com losango, como gostava de fazer em seus melhores dias, de Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro.

Tentou ter a bola. Não conseguiu em todos os momentos, por mérito são-paulino: "Precisamos tirar a bola deles, ter mais tempo colm ela", disse Renato Augusto, treinador em campo, na saída para o intervalo.

Mesmo sem conseguir fazer isto sempre, o Corinthians equilibrava apenas quando fazia o que Renato ensinou. Até que surgiu o lançamento longo e espetacular de Murillo, que encontrou Renato Augusto entrando em diagonal, nas costas de Caio Paulista.

Também foi mérito de Vanderlei Luxemburgo, planejar as jogadas no setor esquerdo da defesa do São Paulo.

Mais do que o plano, o show foi de Renato Augusto.

Mudou o jogo e a cara semifinal da Copa do Brasil.

Continua após a publicidade

Só não mudou o tabu, que persiste em Itaquera. São 18 clássicos, onze vitórias corintianas e sete empates.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes