Flamengo faz Grêmio virar seu freguês

O Flamengo venceu sete vezes, teve dois empates e só perdeu uma vez, no Marcanã, gol de Borja, em 2021.

Curiosamente na campanha que levou ao rebaixamento, quando Felipão era o treinador gremista, em sua terceira passagem.

O Flamengo empurrou o Grêmio para trás, apesar do péssimo gramado da Arena. Nele, a bola não desliza, quica, não é dominada, tem de ser domada.

Depois de início de erros da defesa do Flamengo em saídas de jogo de Matheus Cunha e Fabrício Bruno, chance de gol desperdiçada por Vilasanti, um chute de longa distância de Luis Suárez, o rubro-negro começou a controlar o jogo a partir do 15o minuto.

Empurrava cinco a seis jogadores na última linha gremista, com movimentação poucas vezes vista em times de Sampaoli, que prefere o jogo posicional. Wesley, Éverton Ribeiro, Gabriel, Bruno Henrique e De Arrascaeta, com inversões de posições dos dois últimos, infiltrações de Victor Hugo, Felipe Luís organizando pelo meio, na mesma linha de Thiago Maia.

Veio o primeiro gol, a partir de interceptação de passe errado de Reinaldo e boa jogada de Wesley para Bruno Henrique. Dele para Gabriel.

Ainda houve pênalti perdido por Gabigol, antes de Renato mudar o sistema 3-4-2-1 para o 4-2-3-1.

Nada dava certo e o Grêmio sentia mais o gramado ruim do que o Flamengo. Pela menor qualidade técnica, cada necessidade de domar a bola se transformava em toque errado. Um passe equivocado a cada quatro.

A sucessão de equívocos gremistas culminou com o segundo cartão amarelo de Kannemann, por falta em Éverton Ribeiro. Pouco depois, passe de De Arrascaeta para Thiago Maia marcar.

A sétima vitória do Flamengo nos últimos dez confrontos contra o Grêmio colocam o rubro-negro à frente na estatistica histórica.

Mas é o retrospecto recente que permite dizer que os gremistas viraram fregueses.