Flamengo viverá ironia de enfrentar Dorival Júnior depois da eliminação
A eliminação do Flamengo deixará sempre a dúvida do gol de Victor Hugo, anulado nos acréscimos.
A impressão é de gol legal, porque a bola vem do zagueiro do Olimpia.
Carlos Eugênio Símon entende que não foi passe deliberado e que o gol foi bem anulado.
Mas a arbitragem não foi bem, independentemente dessa jogada.
Isto não exclui pensar na má atuação do Flamengo.
Impensável sofrer um gol de cabeça de Richard Ortiz, de 1,74 m, contra uma defesa com Fabrício Bruno, de 1,92 m, e David Luiz, de 1,89 m.
Sem contar o primeiro, anotado por Iván Torres, de 1,78 m.
Três gols pelo alto e uma virada contra o Olimpia, oitavo colocado do Campeonato Paraguaio — embora jogando com reservas e privilegiando a Libertadores.
O Olimpia sempre merece respeito, por ser tricampeão da Libertadores.
Mas o Flamengo não jogou o que pode.
Jorge Sampaoli não conseguiu fazer o time ter consistência, apesar do bom técnico que é. Não fez ainda o que se espera dele, no Ninho do Urubu. São trinta jogos. Só se vai saber se haverá o 31o no domingo, no Maracanã.
Suprema ironia, o Flamengo está eliminado da Libertadores e enfrentará, na partida seguinte, o São Paulo de Dorival Júnior.
O técnico campeão invicto no torneio continental de 2022.
Como reagirá a torcida no Maracanã, com Dorival Júnior no banco são-paulino? Será aplaudido? Visto com indiferença?
E Sampaoli?
O time está longe demais do título brasileiro e perto demais da decisão contra o Grêmio, pela Copa do Brasil.
Mais uma vez, o Flamengo precisará lidar com maturidade depois da eliminação.
A perguntra é se, neste caso, ser maduro é manter o trabalho até o final da temporada.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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