Palmeiras x Cruzeiro exige atenção dobrada da polícia e da prefeitura
As garrafas de cerveja pululam nos arredores do Allianz Parque. Não são vendidas por bares nem restaurantes, mas houve um festival de vendas de bebidas em garrafas verdes no dia de Palmeiras x Atlético. Os ambulantes e o recentemente inaugurado mercado Oxxo negociam e espalham os vidros, como os que mataram a torcedora Gabriela Anelli, depois do acidente de 8 de julho.
Em parte o mundaréu de garrafas em Palmeiras x Atlético deve-se à "amizade" entre torcidas uniformizadas de Palmeiras e Atlético.
Com Palmeiras x Cruzeiro acontece o oposto.
A inimizade já dura quarenta anos. O episódio Sobre Meninos e Porcos, do UOL Esporte, mostra a guerra entre Mancha Verde e Máfia Azul após a morte do ex-presidente da entidade alviverde Cléo Sóstenes, em 1988. "O Cléo morreu, a Mancha se f...", gritaram os torcedores da Máfia. O revide foi imediato.
Torcidas uniformizadas de Palmeiras e Cruzeiro têm relação semelhante às de Palmeiras e Flamengo. A rivalidade não é entre clubes. É entre facções.
A Polícia Militar diz que teve conversas com uniformizadas, Mancha e Máfia entre elas.
No dia de Palmeiras x Flamengo, houve erro de estratégia da PM. Não haverá hoje.
Mas também precisa acabar o jogo de empurra-empurra, entre PM e Subprefeitura da Lapa.
Os bares só vendem bebidas em copos plásticos. A fiscalização precisa impedir a comercialização por ambulantes e pelo Oxxo.
Não dá para simular eficiência.
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