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OpiniãoEsporte

O assédio de Luis Rubiales e a reprise espanhola do que aconteceu no Brasil

O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, caiu.

Tecnicamente, sua recusa a renunciar, e também a fazer um pedido de desculpas vigoroso e verdadeiro, ainda o mantêm no cargo.

Mas se até o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, diz publicamente que ele deve sair, não tem volta.

Ele tem de deixar o cargo.

Ao afirmar que não deixará o cargo por causa de "um selinho consentido", ele demonstra não estar entendendo nada sobre o mundo.

A única chance de manutenção seria um pedido verdadeiro, e sentido, de desculpas, imediatamente após o gigantesco erro cometido.

Incrível como a Espanha copia o Brasil.

O antecessor de Rubiales, o ex-jogador José Maria Vilar, foi preso por suspeitas de corrupção em 2017.

Assim como José Maria Marin foi preso, na Suíça, em 2015.

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Um dos sucessores de Marin, Rogério Caboclo, saiu da presidência sob acusação consistente de assédio sexual e moral.

Rubiales não saiu ainda. Mas não pode permanecer, diante da repercussão internacional de suas falhas constantes.

A saída do presidente da Real Federação Espanhola parece questão de tempo.

Não por sua própria vontade, nem de seus apoiadores.

É a sociedade quem exige a saída de quem não atende ao mínimo de compostura para o cargo.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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