O Corinthians visto com lupa para entender sua crise
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O Corinthians não perde nem joga bem. Foi o título da coluna logo depois do empate contra o Goiás, com péssimo futebol, em Itaquera, no sábado da semana passada.
Ninguém diz que o Corinthians está jogando o fino. Nem Vanderlei Luxemburgo está.
A pergunta não é se joga bem ou mal, porque a resposta é óbvia. Importante é olhar para as razões.
Uma sequência de decisões erradas da diretoria, ou que se confirmaram equivocadas. A efetivação de Fernando Lázaro como técnico era uma ideia justa. Não deu certo. Veio a contratação de Cuca, a passagem de um jogo de Danilo, o único time da história do Brasileirão a ter quatro técnicos sentados no banco nas quatro primeiras rodadas do Brasileiro.
Vanderlei Luxemburgo não seria o técnico do Corinthians se estivesse tudo bem. Se Duílio Monteiro Alves optasse por Dorival Júnior, em vez de Cuca, por exemplo. Luxemburgo está trabalhando mal.
Não, não está.
O time não joga de modo convincente, mas isto não é apenas responsabilidade do técnico. São 33 partidas, um terço de derrotas, 48% de aproveitamento. No meio disto, a renovação do grupo de jogadores, a efetivação de Murillo como titular — Gil e Balbuena jogavam com Fernando Lázaro e Cuca — a aposta em Moscardo, a recuperação de Maycon, a afirmação de Ruan Oliveira. Para um time que jogava com sete acima de 31 anos, o trabalho não é simples.
Por exemplo, por perder Roger Guedes, Murillo e Ádson no meio do caminho.
Vanderlei Luxemburgo não é, há muito tempo, o melhor técnico do país.
Neste momento, quem luta para voltar a seu lugar é o Corinthians. Pela primeira vez em 36 anos, o clube pode fechar a quarta temporada sem títulos. Não acontece desde 1987.
O clube passa por momento difícil, em ano de eleição.
A lupa para a crise merece olhares amplos, não em uma única direção, a do mau futebol atual.
Apesar de todos os problemas, o Corinthians está na semifinal da Copa Sul-Americana.
Santas seis bolas na trave.
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