Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Neymar como profissional teve 16 técnicos e nem todos iguais

"É diferente de tudo o que eu vivi."

A frase sobre Fernando Diniz virou lugar-comum na primeira semana de seleção brasileira.

Não quer dizer que Diniz não seja incomum. Por outro lado, ninguém vai dizer que não gostou da ideia de trabalhar com o chefe novo.

Curioso é pensar nos técnicos efetivos de Neymar, como profissional.

À parte os de seleções de base ou olímpica, como Ney Franco e Rogério Micale, ou interinos, a lista inclui 16 nomes, antes de Diniz:

Vágner Mancini (Santos, 2009), Vanderlei Luxemburgo (Santos, 2009), Dorival Júnior (Santos, 2010), Mano Menezes (Brasil, 2010-2012), Adílson Batista (Santos, 2011), Muricy Ramalho (Santos, 2011-2013), Luiz Felipe (Brasil, 2012-2014), Gerardo Martino (Barcelona, 2013-14), Luis Enrique (Barcelona, 2014-2017), Dunga (Brasil, 2014-2016), Tite (Brasil, 2016-2022), Unai Emery (Paris Saint-Germain, 2017-2018), Thomas Tuchel (Paris Saint-Germain, 2018-2020), Mauricio Pocchettino (Paris Saint-Germain, 2021-2022), Christophe Galtier (Paris Saint-Germain (2022-2023), Jorge Jesus (Al Hilal, 2023), Fernando Diniz (Brasil, 2023).

Todos são diferentes, ou, pelo menos, Luxemburgo é diferente de Muricy, que difere de Felipão, que não tem nada a ver com Tata Martino ou Guardiola. A diferença de Fernando Diniz não é a saidinha, como se convencionou chamar no Brasil os passes curtos para transitar da defesa para o ataque. Muito mais diverso é seu jeito de jogar em sistemas não posicionais, diferente de Guardiola, Luis Enrique, Tata Martino, não privilegiar perseguições individuais, como Felipão.

É claro que Diniz pode ser bom no relacionamento interpessoal, como Jorge Sampaoli não parece ser. Mas seu diferencial é a maneira como treina e como faz seus times jogarem.

Se vai dar certo, só o tempo dirá.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes