O Brasil recomeça na Amazônia
A seleção na encruzilhada começa sua tentativa de reconstruiu-se em Belém, carismática capital paraense. Pela primeira vez, o trabalho de um técnico se inicia na região Norte do país, uma semana depois do lançamento do livro profundo de Míriam Leitão, "A Amazônia na encruzilhada."
Ou a humanidade compreende seu momento e respeita o meio ambiente ou corre o risco de desaparecer com tudo o que destruiu. A seleção também está numa bifurcação entre voltar à elite do jogo ou desaparecer dela.
Neymar volta a jogar após sete meses, critica os que chama de sabichões, talvez os que julguem que desiste do futebol de alto nível ao se transferir para a Arábia Saudita.
É possível que esteja certo e o Oriente Médio passe a ter jogos mais expressivos do que a França, embora a comparação não se possa fazer com a Champions League.
Ou talvez Neymar erre pela segunda vez, como parece admitir ao criticar o Campeonato Francês. Quem escolheu jogar na França não foi nenhum sabichão da imprensa. Foi ele mesmo.
Do ponto de vista conceitual, é muito melhor começar a nova seleção com uma referência passando experiência às próximas, Neymar para Rodrygo e, depois Vinícius Junior, como foi de Didi a Pelé, de Pelé a Rivelino, dele a Zico, de Romário a Ronaldo.
Juntos, Neymar e os futuros referentes podem ajudar o Brasil a voltar ao título mundial.
Neste novo ciclo, Fernando Diniz transmite mais alegria do que Neymar. Diniz sorri. Neymar fala sobre suas cicatrizes.
Belém está feliz como o novo técnico em receber a seleção e com o mesmo sorriso que o craque estampava quando ganhou seu primeiro título, doze anos atrás
Lá mesmo, na entrada da Amazônia, que comece um novo ciclo. Para o Brasil e para Neymar.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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