Champions League começa entre esperança e desencanto dos azarões
A Uefa Champions League é tão espetacular que consegue ser o torneio mais visto do planeta mesmo com todo mundo sabendo quem será o campeão: Real Madrid, Barcelona, Bayern ou um inglês. É assim desde 2010, quando a Internazionale conquistou o troféu com onze titulares estrangeiros e um técnico português.
Desde 2010, só Real Madrid, Barcelona, Bayern ou um inglês. Desde 2004, quando o Porto venceu, só este revezamento, além de um titulo do Milan, em 2007, e outro da Inter, em 2010.
Tão espetacular a ponto de se criar expectativa sobre o Paris Saint-Germain de Messi, Neymar e Mbappé sem que conseguissem, juntos, nem sequer alcançar as semifinais. Sem Messi, com a dupla hoje desfeita, o PSG alcançou a finalíssima de 2020, em Lisboa, contra o Bayern.
Do mesmo estádio da Luz, lisboeta, vem a declaração mais impactante dos azarões: "Não alimentar este sonho num clube desta dimensão e desta grandeza seria uma estupidez", disse o presidente do Benfica Rui Costa. Campeão pelo Milan em 2003, Rui Costa diz isto ao final de um pensamento em que afirma ser cada vez mais difícil lutar contra os de maior poderio financeiro, como o Manchester City.
Mas alimenta o sonho, diferentemente do Paris Saint-Germain, de Marquinhos, que afirmou não ser obsessão a conquista da Europa.
A frase não combina com o eterno desejo francês de conquistar o torneio criado por eles, em 1955. Os ingleses proclamaram o Wolverhampton campeão do mundo, por ter vencido o Honved. O L'Équipe e seu editor Gabriel Hanot publicaram: "Não são campeões do mundo, não! E sugerimos a criação da Copa dos Campeões da Europa."
Desde então, só o Olympique de Marselha conquistou o torneio e sob o comando corrupto do ex-senador Bernard Tapie.
O grande favorito para conquistar a Champions League é o Manchester City. Com o Real Madrid sem Benzema, acreditando no jovem trio Rodrygo, Bellingham e Tchouaméni, com o Barcelona em reconstrução, o Bayern tentando se fortalecer, o Manchester City é mais forte do que os demais ingleses, Manchester United, Arsenal e Newcastle, de volta após vinte anos.
Os azarões estão entre a esperança do Benfica e a falta de obsessão do Paris Saint-Germain.
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