Tite deve repetir no Flamengo a decisão do Corinthians antes do Mundial

"Eu quero!"

A frase foi dita pelo treinador, quando estava no Al Wahda, nos Emirados Árabes, e recebeu telefonema de Andrés Sánchez, logo depois da demissão de Adílson Batista.

Era outubro.

"Eu quero!"

A sentença do técnico da seleção vinha acompanhada da necessidade de solucionar seu contrato com o clube do Oriente Médio, assim como hoje se sente obrigado a dar fim às negociações com clubes da Arábia Saudita e Estados Unidos.

Daquela vez, o Corinthians disputava o Campeonato Brasileiro cabeça a cabeça com Fluminense e Cruzeiro, mas a ideia era preparar o projeto de 2011, também.

Semelhante à situação atual.

A diferença era que o Corinthians estava em terceiro lugar, quatro pontos abaixo do Cruzeiro, líder, e faltavam oito rodadas para terminar o Brasileirão.

Em oito rodadas, conquistou 18 pontos, mas o empate com o Goiás, em Goiânia, fechou a campanha com a terceira colocação, o que obrigou a disputar as fases classificatórias da Libertadores. Veio o Tolima.

Quando foi eliminado pelos colombianos na pré-Libertadores, Tite tinha apenas onze partidas no comando.

A incerteza da diretoria sobre manter ou demitir o futuro treinador campeão mundial pelo Corinthians era a convicção de Tite de que o projeto de 2011 tinha começado bem antes.

Em outubro.

Em dezembro de 2011, era campeão brasileiro. No ano seguinte, da Libertadores e do mundo.

É uma parte da razão do técnico aceitar trabalhar a partir de outubro.

O mais provável que o acerto entre Flamengo e Tite nos próximos dias, para que trabalhe na Data Fifa.

O contrato ainda não está assinado.