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OpiniãoEsporte

Brasil só consegue jogar pela esquerda com Neymar e Vinicius Júnior. E mal!

A tentação é dizer que o Brasil não podia jogar só pela esquerda, logo em Cuiabá, capital do Agronegócio.

Não podia dar certo.

Piada ruim à parte, a seleção ficou pensa, atuou só pelo lado esquerdo, para onde Neymar e Vinicius Júnior sempre puxam o jogo.

Como Fernando Diniz gosta de fazer aquilo que chama de "Paralela Cheia" e congestionar um só lado do gramado, o Brasil concentrou seu jogo apenas em um setor do campo.

Jogou mal!

Foram cinco finalizações no alvo, três delas de fora da área e uma após cobrança de escanteio.

Foi o gol à moda Tite, como se convencionou dizer depois da vitória sobre o Peru.

Daquela vez, cobrança de Neymar, cabeceio de Marquinhos. Desta vez, só mudou o autor: Gabriel Magalhães.

O jogo seguiu sua obviedade, Gabriel Jesus entrou como ponta direita, Rodrygo atuou em parte do jogo como centroavante e o centro de gravidade da partida seguiu do lado esquerdo.

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Não podia mesmo funcionar. Veio o empate, num lindo voleio de Bello, meia do Mazatlán, do México.

O Brasil disputou seu 19o jogo contra a Venezuela pelas eliminatórias, ganhou 17, empatou só dois. Ambos no Centro-Oeste, um em Campo Grande, em 2009, outro em Cuiabá.

Jogando só pela esquerda.

O primeiro tropeço não deveria fazer discutir Fernando Diniz.

Mas seu estilo polariza. Há sempre os que são a favor e os que são contra.

Debate quase tão acalorado quanto jogar pela esquerda na terra do Agronegócio.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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