Botafogo troca de técnico como se fosse remédio
Tiago Nunes chega ao Botafogo, com o discurso da direção alvinegra de que seria uma contratação para 2024, antecipada para este ano.
Por mais que o caso se pareça com o de Tite, no Flamengo, os casos são diferentes.
O Flamengo demitiu Jorge Sampaoli e o ex-treinador da seleção brasileira passou a ser o nome escolhido para planejar 2024
Chegar em outubro era antecipar o trabalho.
Tite assumiu na 27a rodada, no dia seguinte à segunda vitória de Lúcio Flávio como treinador do Botafogo, quando ainda fazia sentido o discurso de que o líder do campeonato iria com seu velho camisa 10 até o final da campanha.
Um pensamento em General Severiano é tão cruel, quanto verdadeiro. Se Bruno Lage não tivesse barrado Tiquinho Soares, não teria sido demitido por vontade dos jogadores e o time provavelmente não sofreria o declínio atual.
Veja que, mesmo com cinco rodadas sem vencer, o Botafogo segue sendo o único a depender exclusivamente de seus resultados para ser campeão. O Palmeiras depende de ao menos um empate alvinegro, que tem um jogo a menos.
O remédio da troca de técnico é tão velho quanto ineficaz no Brasil. Desde 1959, houve 67 Campeonatos Brasileiros, com a unificação, e só 15 (22%) foram vencidos por quem mudou de treinador.
O Corinthians de 2005 é o único vencedor com três técnicos durante a campanha de 42 partidas.
O Botafogo pode ser o vencedor com cinco homens sentados em seu banco de reservas, quatro técnicos efetivos, porque Lúcio Flávio tinha a informação de seria o treinador até o final da campanha.
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