Depoimento de Lenny não denuncia entrega, mas falha de caráter da sociedade
Lenny confirma que Palmeiras não teve esforço contra o Fluminense em 2010.
Compreendido.
O jogo que causou a cizânia de Tite e Felipão, solucionada após treze anos, porque Tite julgou que seu ex-professor e ex-técnico não teria se esforçado contra o Flu, para prejudicar o Corinthians na reta final daquele campeonato.
E Lenny confirma que não se esforçou. Entenda-se: Lenny pode falar por si só.
Não pode falar sobre o chutaço de Dinei que resultou no primeiro gol do Palmeiras, depois de falha de Leandro Euzébio.
O zagueiro do Fluminense também quis entregar?
Nem falou das defesas de Deola, que produziram gritos das arquibancadas, para que o Palmeiras entregasse.
Lenny não se esforçou. Foi isso que ele disse. Deola não se esforçou? E por que fez as defesas? Dinei também não?
Na reta de chegada daquele Brasileirão, o Palmeiras levou 0 x 3 do Atlético Goianiense, 0 x 2 do Atlético Mineiro, 1 x 2 do Fluminense, 1 x 2 do Cruzeiro.
Nesses jogos o Palmeiras se esforçou? Perdeu por vagabundagem, incompetência ou falta de desejo?
À parte o que aconteceu — ou não aconteceu — naquela penúltima rodada do Brasileirão de 2010, o que o depoimento de Lenny indica é a falha de caráter de nosso tempo.
Há cinquenta anos, nós, brasileiros, reclamamos da corrupção no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas, de deputados corruptos... e o golpe pelo celular é dado pelo cidadão comum, do outro lado da rua.
O depoimento de Lenny, assim como os gritos da torcida do Palmeiras na Arena Barueri, indica que temos um problema de caráter na sociedade que se precisa corrigir. É urgente!
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