Abel Ferreira tem o direito de não saber qual será sua decisão. Não tem?
As entrevistas coletivas sempre trazem luz.
"Eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto." A campanha da Rede Globo é brilhante, com a canção dos Secos & Molhados, composta por João Ricardo e cantada por Ney Matogrosso, já citada anos atrás neste blog como um hino do jornalismo.
Julgar que Abel Ferreira tem de responder se fica ou vai embora, afirmar que a torcida do Palmeiras tem o direito de saber, não pode excluir outro direito, este do técnico português: ele pode não saber, ainda.
Quem andou por perto do treinador tem exatamente esta noção. Ele ainda não sabe se vai ou fica.
Quem ouviu sua entrevista sabe que ele disse duas frases importantes: "Contratos devem ser cumpridos".
Cumpre-se pagando multas.
A segunda, que não é ingrato.
Abel está pensando.
Possivelmente, esperará passar o cansaço, que tira a consciência para decisões tão importantes.
Estar esgotado com tantas viagens, tantos jogos, tantos compromissos, não pode tirar a clareza de uma decisão de vida, sua e de sua família.
Daí o melhor possa ser esperar a conclusão do Brasileiro, pedir uma semana de prazo, descansar, mergulhar, ler um livro, refletir, ouvir música...
Então, tomar a decisão.
Abel provavelmente apenas não sabe o que fará quando tiver uma proposta concreta em suas mãos.
É justo que ele tenha o tempo necessário para refletir com calma.
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